Formação competitiva na Ginástica Rítmica: a experiência da participação na infância
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.2023e37nesp215796Palavras-chave:
Esporte, Competição, Pedagogia do Esporte, Pesquisa qualitativaResumo
A competição esportiva é inerente ao esporte e, portanto, deve fazer parte do processo de desenvolvimento esportivo, quer seja com foco para a formação do atleta em longo prazo, quer seja para a vida ativa. Logo, a inserção ao ambiente competitivo deve elencar a centralidade no praticante, instigando a progressão de aprendizagem individual e do grupo, a motivação e experiências diversas (e adversas) do esporte. Neste sentido, este artigo discute a formação competitiva na ginástica rítmica, com recorte sobre os eventos na infância. A triangulação de dados entre pesquisa documental, entrevista semiestruturada com 11 treinadoras e 03 gestoras e observação não-participante balizou a Análise de Conteúdo que revelou os ajustes nos eventos de base na GR: imaginário infantil como estratégia para escolha de músicas e/ou figurinos; decoração do ambiente aconchegante; uso do espaço de apresentação ampliando a demonstração síncrona de ginastas; grau de dificuldade de exercícios diferenciados para grupo de idade; arbitragem com postura despretensiosa e flexibilidade na ordem de apresentação a depender do comportamento de cada criança. Os bastidores sugeriam um brincar livre entre ginastas e equipes, proporcionando ambiente acolhedor, propício para experiência positiva incentivadora da permanência na prática.
Downloads
Referências
Galatti LR, Collet C, Folle A, Côté J, Nascimento JV. Atletas de elite: aspectos relevantes na formação em longo prazo. In: Galatti LR, Scaglia A, Montagner, Paulo Cesar, Paes, Roberto Rodrigues, organizadores. Desenvolvimento de treinadores e atletas: Pedagogia do Esporte. Campinas: Editora da Unicamp; 2017. p. 211-234.
Mendes FG. A trajetória esportiva de atletas de categorias de formação no voleibol brasileiro [dissertação]. Florianópolis (SP): Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-graduação em Educação Física; 2017.
Barreiros A, Côté J, Fonseca AM. Sobre o desenvolvimento do talento no desporto: um contributo dos modelos teóricos do desenvolvimento desportivo. Rev Psicol Deporte. 2013;22(2):489-494.
Côté J, Turnnidge J, Vierima M, Evans B, Galatti LR. Quadro teórico para o desenvolvimento de valores pessoais no processo dinâmico de desenvolvimento pelo esporte. In: Galatti LR, Scaglia AJ, Montagner PC, organizadores. Múltiplos cenários da prática esportiva: Pedagogia do Esporte. Campinas: Editora da Unicamp; 2017. p. 15-40.
Bento JO. Pedagogia do desporto: definições, conceitos e orientações. In: Tani G, Bento JO, Pedersen RDS, organizadores. Pedagogia do Desporto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. p. 1-97.
Leonardo L. Um estudo das competições de handebol de jovens do estado de São Paulo: caracterização das adaptações competitivas e opiniões de treinadores e árbitros sobre suas aplicações [dissertação]. Campinas (SP): Universidade de Campinas, Faculdade de Educação Física; 2018.
Silva ECF, Corrêa LS, Almeida CMD, Sales GT, Carbinatto MV. Narrativas sobre competição esportiva: reflexões e perspectivas. Pensar Prática. 2023;26. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fef/article/view/75674/40181.
Silva ECF, Corrêa LS, Almeida CMD, Sales GT, Carbinatto MV. Aspectos bibliométricos das publicações científicas brasileiras sobre competição esportiva. Corpoconsciência. 2023;e15176-6. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/corpoconsciencia/article/view/15176/12297.
Ferraz OL. O esporte, a criança e o adolescente: consensos e divergências. De Rose D, et. al, organizadores. Esporte e atividade física na infância e na adolescência. Porto Alegre: Artmed; 2009.p. 45-59.
Balbino HF, Galatti LR, Ferreira HB, Paes RR. Pedagogia do Esporte: significações da iniciação esportiva e da competição. Reverdito RS, Scaglia AJ, Montagner PC, organizadores. In: Pedagogia do Esporte: aspectos conceituais da competição e estudos aplicados. São Paulo: Phorte; 2013. p.193-216.
Aires H, Gonçalves GH, Klering RT, Balbinotti CA. As competições infanto-juvenis à luz da pedagogia do esporte. Rev Kinesis. 2016;30(34):122-39.
Fraser-Thomas J, Côté J. Youth sports: Implementing findings and moving forward with research. Athletic Insight. 2006;8(3):12-27.
Côté J, Baker J, Abernethy B. Practice and play in the development of sport expertise. In: Eklund R, Tenenbaum G, organizadores. Handbook of Sport Psychology; 2007. p. 184-202.
Côté J, Hancock DJ. Evidence-based policies for youth sport programmes. Int J Sport Policy and Politics. 2016;8(1):51-65.
Milistetd M, do Nascimento JV, Silveira J, Fusverki D. Análise da organização competitiva de crianças e jovens: adaptações estruturais e funcionais. Rev Bras Ci Esporte. 2014;36(3):671-8.
Costa JC, Santos AL. Competição em categorias de base no futsal: reflexões e possibilidades. Rev Mineira Educ Fís. 2014;22(3):52-66.
Santana WC, Ribeiro DA. Idades de início de atletas de futsal de alto rendimento na prática sistemática e em competições federadas da modalidade. Pensar Prática. 2010;13(2):1-17.
Arena SS, Bohme MT. Federações esportivas e organização de competições para jovens. Rev Bras Ci Movimento. 2004;12(4):45-50.
Arena SS, Böhme MT. Programas de iniciação e especialização esportiva na grande São Paulo. Rev Paulista Educ Física. 2000;14(2):184-95.
Nunomura M, Carrara PD, Tsukamoto MH. Ginástica artística e especialização precoce: cedo demais para especializar, tarde demais para ser campeão!. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2010;24:305-14.
Kumakura RS. O sistema competitivo da ginástica artística feminina (2013-2016): a competição como instrumento de educação e formação para atletas até 12 anos de idade [tese]. Porto Alegre: Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2018.
Antualpa KF. Centros de treinamento de ginástica rítmica no Brasil: estrutura e programas [dissertação]. Campinas (SP): Universidade Estadual de Campinas; 2011.
Reis-Furtado LN, Carbinatto MV. Competição esportiva na infância: análise dos regulamentos de ginástica rítmica. Motrivivência. 2020;32(63):1-22.
Balyi I, Way R, Higgs C. Long-term athlete development. Human Kinetics; 2013.
Nista-Piccolo V, Schiavon LM. A ginástica artística como proposta educacional. In: Nista-Piccolo VL, Toledo E, organizadores. Abordagens pedagógicas do esporte. Campinas: Papirus; 2014. p. 97-116.
Côté J. The influence of the family in the development of talent in sport. The Sport Psychol. 1999;13(4):395-417.
Côté J, Fraser-Thomas J. Youth involvement in sport. In: Crocker P, editor. Sport psychology: a Canadian perspective, 2007. p. 270-298.
Côté J, Strachan L, Fraser-Thomas J. Participation, personal development, and performance through youth sport. In: Holt NL, organizador. Positive youth development through sport. Londres: Routledge; 2007. p. 48-60.
Côté J, Vierimaa M. The developmental model of sport participation: 15 years after its first conceptualization. Sci Sports. 2014;26(1):S63-9.
Burton D, Gillham AD, Hammermeister J. Competitive Engineering: structural climate modifications to enhance youth athletes’ competitive experience. Int J Sports Sci Coaching. 2011;6(2):201-17.
Wiersma LD. Reformation or reclassification? A proposal of a rating system for youth sport programs. Quest. 2005;57(4):376-91.
Leonardo L, Galatti LR, Scaglia AJ. Disposições preliminares sobre um modelo de participação competitiva para jovens e o papel do treinador. In: Gonzalez RH, Machado MMT, organizadores. Pedagogia do esporte: novas tendências. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará; 2017. p.301-24.
Thomas JR, Nelson JK, Silverman SJ. Métodos de pesquisa em atividade física. Porto Alegre: Artmed; 2012.
Reis-Furtado LN. Formação esportiva em longo prazo: análise de competições de ginástica rítmica nas categorias de base [tese]. São Paulo (SP): Escola de Educação Física e Esporte; 2020.
Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2011.
Ferraz OL. A ludicidade e o ensino do desporto. In: Tani G, Bento JO, Petersen RDS, editores. Pedagogia do Desporto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. p. 262-266.
Fédération Internationale de Gymnastique: Gymnastic for all manual. Disponível em: https://www.gymnastics.sport/site/rules/#6.
Oliveira MS, Bortoleto MA, Nunomura M. A relação técnico-atleta na ginástica artística feminina. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2017;31(3):639-50. disponível em: https://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/148570/146063.
Sampaio DF, Valentini NC. Iniciação esportiva em ginástica rítmica: abordagens tradicional e o clima motivacional para a maestria. J Phys Educ. 2015;26:1-10.
Menegaldo FR, Bortoleto MAC. O ensino da ginástica rítmica: em busca de novas estratégias pedagógicas. Motrivivência. 2017;29(52):305-18.
Federation Internationale de Gymnastique. Age group development and competition program for Rhythmic Gymnastics 2019. Disponível em: http://www.gymnastics.sport/site/pages/education/agegroup-rg-manual-e.pdf.
Russell K. Desafios da ginástica: uma visão de 50 anos de experiência como técnico e em ensino. In: Schiavon L, et al. Ginástica de alto rendimento. Várzea Paulista: Editora Fontoura; 2014. p. 25-41.
Best D. Art and Sport. J Aesthetic Educ. 1980;14(2):69-80.
Rhythmic Xcel Program Handbook: in support os grassroots rhythmic gymnastics; 2020. Disponível em: https://usagym.org/PDFs/Rhythmic/xcel/handbook.pdf.
Costa LC, Nascimento JV. O ensino da técnica e da tática: novas abordagens metodológicas. J Phys Educ. 2004;15(2):49-56.
Leonardo L, Scaglia AJ, Reverdito RS. O ensino dos esportes coletivos: metodologia pautada na família dos jogos. Motriz. 2009;18:236-46.
Mesquita I. Perspectiva construtivista da aprendizagem no ensino do jogo. In: Nascimento, JV, Ramos, V, Tavares F, organizadores. Jogos desportivos: formação e investigação. Florianópolis: UDESC; 2013. p. 103-31.
Corrêa LS, Cabo Verde EJSR, Carbinatto MV. Benefits of the university rhythmics gymnastic extension Project for undergraduate students os Physical Education and Sports. Sci Gym J. 2019;11(3):321-330.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Educação Física e Esporte
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Todo o conteúdo da revista, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons (CC-BY)
