No pain, no gain? Pains and risks between work out and train in physical efforts in fi tness centers

Authors

  • Alan Camargo Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Educação Física e Desportos, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Jaqueline Ferreira Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.v35i1p1-13

Keywords:

Physical Education and Trainin, Anthropology, Health risk, Physical activity, Bodybuilding, Ethnography

Abstract

The objective of this ethnographic research was to analyze and discuss the meanings attributed to bodily pains and risks regarding to physical efforts by users and Physical Education professionals in two fi tness centers in Rio de Janeiro: a small one in a popular neighborhood (P) and a large one in a noble neighborhood (G) of the city. With the theory and methodology of the Symbolic Interactionism, a comparative ethnography occurred in the bodybuilding space of those two fi tness centers. The analyses indicated that the edge of pains during exercise and the notions of health risks were represented in plural and dynamic ways according to the con-texts and social groups. The professionals at both establishments tended to demand the maximum physical effort from their audiences. In the fi tness center P, the cult of pain and risk was a way of caring of oneself. Users conceived the body as a “property” to be constantly worked-out. In the fi tness center G, sociability was favored as a result of the exhaustion of physical exercises. For the users, feeling pain or being at risk symbolized damage to the body understood as a “patrimony” to be trained. More than a physical-biological data represented by sacrifi ce and bodily suffering, the manner of feel pain and the comprehension of health risks may reveal the variety of social places of those surveyed. These aspects become important for the pro-duction of knowledge and professional intervention in the field of Health and in the Physical Education area, since they help to understand and particularize the actions and academic-professional refl ections relating to one another, beyond the technical-scientifi c referential of biomedical rationality.

Downloads

Download data is not yet available.

References

Luz MT. Especificidade da contribuição dos saberes e práticas das Ciências Sociais e Humanas para a Saúde. Saúde Soc. 2011;20:22-31.

Canesqui AM. Ciências Sociais e saúde no Brasil. São Paulo: Hucitec; 2011.

Silva CL, Velozo EL, Rodrigues Júnior JC. Pesquisa qualitativa em Educação Física: possibilidades de construção de conhecimento a partir do referencial cultural. Educ Rev. 2008;48:37-60.

Goellner SV, Reppold Filho AR, Fraga AB et al. Pesquisa qualitativa na educação física brasileira: marco teórico e modos de usar. Rev Educ Fís UEM. 2010;21:381-410.

Moura PV, Silva EAPC, Silva PPC et al. O significado da dor física na prática do esporte de rendimento. Rev Bras Ciênc Esporte 2013;35:1005-19.

Le Breton D. Condutas de risco: dos jogos de morte ao jogo de viver. Campinas: Autores Associados; 2009.

Vaz AF. Educação do corpo, conhecimento, fronteiras. Rev Bras Ciênc Esporte. 2003;24:161-72.

Garcia RP. Antropologia do esporte. Rio de Janeiro: Shape; 2007.

Cruz RC. El deporte, proyección, espejo y símbolo cultural: reflexión sobre los deportes de sacrificio y su transmisión de valores en el contexto socioeducativo. Movimento. 2013;19:315-36.

Hansen R, Vaz AF. Treino, culto e embelezamento do corpo: um estudo em academias de ginástica e musculação. Rev Bras Ciênc Esporte. 2004;26:135-52.

Torri G, Bassani JJ, Vaz AF. Dor e tecnificação no contemporâneo culto ao corpo. Pensar Prát. 2007;10:261-73.

Silva AC, Ferreira J. Corpos no “limite” e risco à saúde na musculação: etnografia sobre dores agudas e crônicas. Interface (Botucatu). 2017;21:141-51.

Helman CG. Cultura, saúde e doença. Porto Alegre: Artes Médicas; 1994.

Sarti C. Prefácio. In: Ferreira J, Fleischer S, organizadoras. Etnografias em serviços de saúde. Rio de Janeiro: Garamond; 2014, p. 7-10.

Nakamura E. O método etnográfico em pesquisas na área da saúde: uma refl exão antropológica. Saúde Soc. 2011;20:95-103.

Le Breton D. Antropología del dolor. Barcelona: Seix Barral; 1999.

Silva, AC. “Limites” corporais e risco à saúde na musculação: etnografia comparativa entre duas academias de ginástica cariocas [tese]. Rio de Janeiro (RJ): Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2014.

Becker H. A escola de Chicago. Mana. 1996; 2:177-88.

Goffman E. A representação do eu na vida cotidiana. Petrópolis: Vozes; 2002.

Bertevello GJ. Academias de ginástica e condicionamento físico: desenvolvimento. In: DaCosta L, organizador. Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: CONFEF; 2006, p. 63-4.

Pasquali D, Niterói R, Mascarenhas F. A indústria do fitness e seu desenvolvimento desigual: um estudo sobre as academias de ginástica na cidade de Goiânia. Pensar Prát. 2011;14:1-15.

Sassatelli R. Interaction order and beyond: a field analysis of body culture within fitness gyms. In: Featherstone M, organizador. Body modification. London: Sage; 2000, p. 227-48.

Hansen R, Vaz AF. “Sarados” e “gostosas” entre alguns outros: aspectos da educação dos corpos masculinos e femininos em academias de ginástica e musculação. Movimento. 2006;12:133-52.

Santos SF, Salles AD. Antropologia de uma academia de musculação: um olhar sobre o corpo e um espaço de representação social. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2009;23:87-102.

Freitas DC, Silva FAG, Silva AC et al. As práticas corporais nas academias de ginástica: um olhar do professor sobre o corpo fluminense. Rev Bras Ciênc Esporte 2011;33:959-74.

Becker HS. Segredos e truques da pesquisa. Rio de Janeiro: Zahar; 2007.

Sabo D. Pigskin, patriarchy and pain. In: Kimmel M, Messner M, organizadores. Men’s Lives. Nova York: Mcmillan Publishing; 1992, p. 103-8.

Sarti CA. A dor, o indivíduo e a cultura. Saúde Soc. 2001;10:3-13

Mauss M, Hubert H. Sobre o sacrifício. São Paulo: Cosac Naify; 2005.

Turner VW. O processo ritual: estrutura e antiestrutura. Petrópolis: Vozes; 1974.

Gennep AV. Os ritos de passagem. Petrópolis, RJ: Vozes; 2011.

Schechner R. Performers e espectadores: transportados e transformados. Moringa 2011;2:155-85.

Coelho Filho CAA. O corpo em questão: metamorfose psíquica a partir das atividades físicas. 25º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação; 2002; Salvador, BR. Salvador: UERJ; 2002. p. 1-11

Rodriguez AD. Si te duele es porque estás entrenando bien. La sensación paradójica de dolor corporal en los gimnasios de fitness de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires. Movimento. 2017;23:743-54.

Palma A, Ferreira DC, Bagrichevsky M et al. Dimensões epidemiológicas associativas entre indicadores socioeconômicos de vida e prática de exercícios físicos. Rev Bras Cienc Esporte. 2006;27:119-36.

Sabino C. O peso da forma: cotidiano e uso de drogas entre fisiculturistas [tese]. Rio de Janeiro (RJ): Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais; 2004.

Shilling C. The body and social theory. London: Sage; 2005.

Goff man E. Ritual de interação: ensaios sobre o comportamento face a face. Petrópolis: Vozes; 2011.

Schechner R. Performance studies: an introduccion. New York & London: Routledge; 2006.

Wacquant L. Corpo e alma: notas etnográficas de um aprendiz de boxe. Rio de Janeiro: Relume Dumará; 2002.

Boltanski L. As classes sociais e o corpo. Rio de Janeiro: Graal; 1984.

Malysse S. Em busca dos (h)alteres-ego. In: Goldenberg M, organizadora. Nu & Vestido: dez antropólogos revelam a cultura do corpo carioca. Rio de Janeiro: Record; 2007, p. 79-137.

Le Breton D. Sinais de identidade: tatuagens, piercings e outras marcas corporais. Lisboa: Miosótis; 2004.

Andrews GJ, Sudwell MI, Sparkes AC. Towards a geography of fitness: an ethnographic case study of the gym in British bodybuilding culture. Soc Sci Med. 2005;60:877-891.

Beck U. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo: Editora 34; 2011.

Bourdieu P. Sociologia. São Paulo: Ática; 1983.

Published

2021-04-16

Issue

Section

Articles

How to Cite

Silva, A. C. ., & Ferreira, J. . (2021). No pain, no gain? Pains and risks between work out and train in physical efforts in fi tness centers. Brazilian Journal of Physical Education and Sport, 35(1), 1-13. https://doi.org/10.11606/issn.1981-4690.v35i1p1-13