Boldness and joy: Qatar’s sportswashing and soft power through football
DOI:
https://doi.org/10.11606/eISSN.2236-2878.rdg.2022.203554Keywords:
Soft power, Sportswashing, Football, Globalization, QatarAbstract
The 2022 World Cup, organized by Federation Internationale de Football Association, represents the highest level of a strategy launched by its host Qatar, a little Persian Gulf country, to raise its relevance towards the international community, allowing itself more legitimacy, security and influence to the regime. Part of this strategy has also included the Paris Saint-Germain (PSG) purchase and the project to make it a world class level team. The negotiations between this club and some footballers, especially the Brazilian star Neymar Júnior and the French international Kyllian Mbappé, both as football’s most expensive transfers by their times. The financing of those achievements is possible by Qatar hydrocarbon wealthness. Qatar adopts a strategy to employ a sport as a tool of soft power by the income obtained with hydrocarbon profiteering, then multiplying its influence in the international scenario and becoming itself a more relevant player for energy geopolitics. This article means to study how this strategy has been employed and to elucidate how football can be used as a geopolitical weapon.
Downloads
References
AIE (Agência Internacional de Energia). Oil information: Overview (2021 edition), 2021.
ALMEIDA, R. Entre Muretas e matches: Disputas e narrativas hegemônicas na produção simbólica da paisagem através do Santos FC. 2021. Dissertação (Mestrado em Geografia) na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021.
ANDERSSON, S.; BENGTSSON, L.; SVENSSON, Å. Mega-sport football events influence on destination images: a study of the 2016 UEFA European Football Championship in France, the 2018 FIFA World Cup in Russia, and the 2022 FIFA World Cup in Qatar. Journal of Destination Marketing & Management, v. 19, p. 100536, 2021.
BAENA, C.; SEVI, B.; WARRACK, A. Funds from non-renewable energy resources: Policy lessons from Alaska and Alberta. Energy Policy, v. 51, p. 569-577, 2012.
BALE, J. The changing face of football: soccer and community. In: Soccer and Society, v.1, n.1, p.91-101, 2000.
BANCO MUNDIAL. World Development Indicators. Disponível em <https://datatopics.worldbank.org/world-development-indicators> Acesso em 20 nov. 2022.
BRITISH PETROLEUM. BP Statistical Review of World Energy 2021.
BRITO, M.; SANTOS, E.; ROUSSEAU, I.; NAVA, P. A dialética da segurança energética e a interdependência das nações: reflexões focadas no papel do petróleo e na dimensão brasileira. In: MONIÉ, F.; BINSZTOK, J. (orgs) Geografia e Geopolítica do Petróleo. Rio de Janeiro: Ed. MAUAD Ltda, 2012.
CAMPOS, F.; MORAES, J,G. Como o Brasil entra em campo. In: Revista de História: Dossiê História e Futebol. Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, n.163, julho/dezembro de 2010, p. 129-139.
CHADE, J. Receita do futebol supera R$ 100 bilhões e esporte já é maior que PIB de 95 países. O Estado de São Paulo. 06/08/2018. Disponível em < https://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,receita-do-futebol-supera-r-100-bi-e-esporte-ja-e-maior-que-pib-de-95-paises,70002340625>. Acesso em 10 jul. 2020.
CIES - Football Observatory. Financial analysis of big-5 league clubs’ transfers. Disponível em: < https://www.football-observatory.com/IMG/sites/mr/mr77/en/>. Acesso em 10 out. 2022.
CONANT, M.; GOLD, F. R. A Geopolítica Energética. Rio de Janeiro: Editora Biblioteca do Exército, 1981.
DAMATTA, R. O universo do futebol: esporte e sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1982.
ESPN. Catar teve mortes de 6,5 mil trabalhadores imigrantes desde que virou sede da Copa do Mundo. São Paulo: Sessão Futebol, 23 fev. 2021. Disponível em: < https://www.espn.com.br/futebol/artigo/_/id/8230125/catar-teve-morte-de-65-mil-trabalhadores-imigrantes-desde-que-virou-sede-da-copa-do-mundo-revela-jornal>. Acesso em 10 out. 2022.
FAVERO, P. Os donos do campo e os donos da bola: alguns aspectos da globalização do futebol. Dissertação (Mestrado em Geografia) na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
FIFA. (FEDERATION INTERNATIONALE DE FOOTBALL ASSOCIATION). Big 5 Report. Disponível em: https://www.fifa.com/who-we-are/official-documents/#>, acesso em 05 ago. 2020.
FIFA (FEDERATION INTERNATIONALE DE FOOTBALL ASSOCIATION). Global Broadcast & Audience Summary, 2018. Disponível em: https://digitalhub.fifa.com/m/31f1806ee5de0e32/original/kkiivoviltazeoild16x-pdf.pdf. Acesso em: 01 out. 2022.
FUSER, I. Energia e relações internacionais. Coleção Relações Internacionais. São Paulo: Saraiva Educação SA, 2017.
GIULIANOTTI, R. Social identity and public order: political and academic discourses on football violence. In: GIULIANOTTI, R.; BONNEY, N.; HEPWORTH, M. Football, violence and social identity. Londres: Routledge, 1994; p. 10-36.
GONÇALVES, G. A produção espetacular do espaço: as cidades como cenário da Copa do Mundo de 2014. Tese (Doutorado em Geografia) na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.
GLOBOESPORTE. Camisa monocromática da Dinamarca carrega protesto contra Catar, revela patrocinadora. Copenhague: 28 set. 2022. Disponível em: https://ge.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2022/09/28/camisa-monocromatica-da-dinamarca-e-protesto-contra-catar-revela-patrocinadora.ghtml. Acesso em 10 out. 2022.
GRIX, J.; LEE, D. Soft power, sports mega-events and emerging states: The lure of the politics of attraction. Global society, v. 27, n. 4, p. 521-536, 2013.
IANDOLI, R. “Sportswashing”: o que a compra do Newcastle ensina sobre essa palavra que ganha cada vez mais espaço no futebol. São Paulo: Globoesporte. Sessão Futebol Internacional. 13 mai. 2020. Disponível em: https://ge.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/sportswashing-o-que-a-compra-do-newcastle-ensina-sobre-essa-palavra-que-ganha-cada-vez-mais-espaco-no-futebol.ghtml. Acesso em 10 out. 2022.
MACHADO E SILVA, I. M; COSTA, H. K.M. Brazillian Social Funds: The lessons learned from the Norway fund experience. Energy Policy, vol. 129, p. 161-167, 2019.
MARX, K. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1977.
MARX, K. O Capital: Crítica da Economia Política. São Paulo: Editora Victor Civita. Volume 1. Livro 1. Tomo 2, 1984.
MARX, K. Para uma crítica da economia política. Ed: Ridento Castigat Mores, E-book, 1999.
MASCARENHAS, G. Entradas e Bandeiras: a conquista do Brasil pelo futebol. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2014.
MEZA, A.; KOÇ, M. The LNG trade between Qatar and East Asia: Potential impacts of unconventional energy resources on the LNG sector and Qatar's economic development goals. Resources Policy, v. 70, p. 101886, 2021.
MOHAMMED, S. et al. Narrative futures of a low carbon transition for hydrocarbon rentier states: Case of Qatar. Futures, v. 143, p. 103021, 2022.
NICOLAU, J. E. B. Direito internacional privado do esporte: estudos sobre uma disciplina em construção. 2017. Tese (Doutorado em Direito Internacional) na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.
NYE, J. S. Soft power. Foreign policy, n. 80, p. 153-171, 1990.
PERIARD, T.; LOSEKANN, L. Petróleo, doença holandesa e dependência da renda petrolífera. In: MONIÉ, F.; BINSZTOK, J. (orgs). Geografia e Geopolítica do Petróleo. Rio de Janeiro: Ed. MAUAD Ltda, 2012
RAFFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
REZENDE, A. Estudo sobre as decisões identificadas na gestão de contratos de jogadores de futebol: o caso do Clube Atlético Paranaense. Dissertação apresentada a FEA-USP para obtenção do título de Mestre em Contabilidade. Orientador: Prof. Dr. Carlos A. Pereira. São Paulo: 2004.
SANTOS, M. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo: Edusp, 2014.
SANTOS, M. Da Totalidade ao Lugar. São Paulo: Edusp, 2000.
SANTOS, M. Por uma nova globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Editora Record, 2005.
RAMANI, S. The Qatar blockade is over, but the gulf crisis lives on. Foreign Policy. Jan. 2021. Disponível em: https://foreignpolicy.com/2021/01/27/qatar-blockade-gcc-divisions-turkey-libya-palestine/. Acesso em 10 out. 2022.
SABINO, A. Como renovação de contrato de Mbappé virou uma questão de Estado na França e no Catar. Folha de São Paulo. Sessão de Futebol Internacional, 23/02/2022. Disponível in sítio: https://www1.folha.uol.com.br/esporte/2022/05/como-a-renovacao-de-mbappe-virou-uma-questao-de-estado-na-franca-e-no-qatar.shtml. Acesso em 13 out. 2022.
VAKULCHUK, R.; OVERLAND, I.; SCHOLTEN, D. Renewable energy and geopolitics: a review. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 122, p. 109547, 2020.
SÉBILLE-LOPEZ, P. Géopolitique du Petróle. Paris: Instituto Piaget/Editora Armand Cólin, 2006.
SKEY, M. Sportswashing: media headline or analytic concept? In: International Review for the Sociology of Sport. Year 0 (0). https://doi.org/10.1177/10126902221136086
SOVACOOL, B. How long it will take? Conceptualizing the temporal dynamics of energy transitions. Energy Research & Social Science. Ed. 13, 2016, p. 202-215
YERGIN, D. O petróleo: uma história mundial de conquistas, poder e dinheiro. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Rodrigo Accioli Almeida, André dos Santos Alonso Pereira
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution BY-NC-SA que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista. A licença adotada enquadra-se no padrão CC-BY-NC-SA.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).