Avaliação dos riscos associados a alagamentos na planície costeira de Aracaju – SE, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/eISSN.2236-2878.rdg.2021.175978Palabras clave:
Perigo hidrometeorológico, Vulnerabilidade, Derivações antropogênicasResumen
A manutenção do delicado equilíbrio da paisagem costeira, revelado na complexidade dos seus componentes é dificultoso, principalmente quando se consideram os arranjos atuais de apropriação do espaço costeiro. Tal conjuntura tem propiciado o surgimento de diversos cenários de risco. Destarte, esse trabalho tem por escopo a avaliação dos riscos associados aos alagamentos para a planície costeira de Aracaju/SE, a partir da aplicação de uma metodologia fundamentada nas variáveis perigo (hidrometeorológico) e vulnerabilidade (exposição ao perigo). Os procedimentos metodológicos consistiram na avaliação e mensuração do perigo segundo a probabilidade de ocorrência, magnitude e suscetibilidade; da vulnerabilidade, baseado na estimativa da densidade de infraestrutura de drenagem e verificação das derivações antropogênicas, que permitem a análise da capacidade de suporte do ambiente; e do risco, a partir da interpolação dos indicadores de perigo e vulnerabilidade. Os resultados revelaram que cerca de 70% da planície costeira de Aracaju está associada a altos níveis de risco a alagamento. Esse cenário desponta onde se tem maior suscetibilidade natural aos alagamentos (baixios úmidos), ou quando há elevada derivação antrópica da paisagem e baixa capacidade de suporte da infraestrutura de drenagem pluvial, fato que altera bruscamente a capacidade de recuperação do ambiente e eleva os níveis de risco. Conclui-se, assim, que o risco tem sido produzido sistematicamente à medida que há o avanço desordenado da ocupação sobre unidades naturalmente suscetíveis, conjugado a contínua impermeabilização do solo e ausência de políticas públicas para gestão dos riscos.
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