Capturas fluviais como evidências da evolução do relevo: uma revisão bibliográfica
DOI:
https://doi.org/10.7154/RDG.2010.0020.0003Palavras-chave:
Capturas fluviais, Evolução do relevo, Evidências de captura.Resumo
Este estudo apresenta uma síntese dos tipos fundamentais de capturas fluviais, de acordo com sua evolução ou morfogênese. Foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, na qual algumas obras clássicas foram revisitadas e outras, mais atuais, consultadas, além da consideração do estudo de caso pesquisado em OLIVEIRA (2003) e OLIVEIRA e QUEIROZ NETO (2007), para a bacia do rio Guaratuba, na escarpa da Serra do Mar. Captura fluvial (river capture ou stream piracy) corresponde ao desvio natural das águas de uma bacia hidrográfica para outra, promovendo a expansão de uma drenagem em detrimento da vizinha. Sabe-se hoje, de acordo com a pesquisa bibliográfica, que a maior parte dos autores parece concordar que esse processo geomorfológico pode ocorrer por meio da absorção de um rio por outro, do recuo de uma das cabeceiras, do aplanamento lateral geral, do transbordamento de um rio em outro ou do desvio subterrâneo de um rio, até que atinja um rio vizinho. O rio capturado muda bruscamente de direção no ponto da captura, local conhecido como cotovelo de captura. O rio que capta é chamado de captador, capturador ou beneficiário; a parte montante do curso captado é chamada de capturada ou decapitada. As capturas fluviais apresentam importantes evidências da mudança do relevo, como a presença de um cotovelo de captura, de vales secos, mortos ou abandonados, com seixos rolados em seu vale e rupturas de declive no perfil longitudinal dos rios.
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