“Interlocking directorates” nas companhias
possível violação dos direitos fiduciários e implicações concorrenciais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.0102-8049.ip%25pPalavras-chave:
Administradores; Companhias; Concorrência; Deveres Fiduciários; Ilícitos Concorrenciais; Interlocking Directorates; CADE.Resumo
A forma contemporânea de organização e funcionamento das companhias desafia a ideia tradicional de que as relações entre sociedades empresárias, reguladas pelo direito empresarial e pelo direito concorrencial, são antecedidas de contratos associativos ou posições acionárias de controle, nas suas diversas formas de manifestação. Nesse sentido, o fenômeno do Interlocking Directorates, que se trata da interconexão de empresas através do compartilhamento de seus administradores, sem a necessidade de acordos prévios ou da figura do acionista controlador, acarreta preocupações. De um lado, suscita questionamentos sobre a conformidade das ações dos administradores com seus deveres fiduciários. De outro ponto, desafia a compreensão se, da perspectiva da concorrência, as empresas envolvidas operam verdadeiramente de maneira independente. Neste artigo, buscou-se dar luz às questões ora aventadas, em relação aos ditames legais empresariais no que toca às companhias e à atuação do CADE a partir de tais normas e da própria legislação antitruste, especificamente quanto aos ilícitos de gun jumping, troca de informações sensíveis e cartel.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Luiza Camilo de Souza

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.