Sexualidades e currículo: quem tem medo dessa relação?
DOI:
https://doi.org/10.3232/REB.2016.V3.N5.2243Palavras-chave:
Práticas discursivas, gênero- Sexualidades, currículo-devirResumo
Objetiva-se, neste artigo, apresentar as análises dos discursos de docentes e especialistas de uma escola pública paraibana de Ensino Fundamental, da cidade de João Pessoa, situada no estado da Paraíba/Brasil, quanto às intersecções de gênero e sexualidades no currículo escolar. A pesquisa aporta-se em abordagens pós-estruturalistas, tendo M. Foucault (2008) como um dos seus inspiradores. A coleta de dados se desenvolveu através de entrevistas e observações participantes. As análises dos dados se efetivaram de acordo com a vertente da análise do discurso desenvolvida por M. Foucault (1996), quanto ao entendimento da linguagem e do discurso como incessantes “lugares” de lutas, contradições e poder. Deleuze (1992), Deleuze e Guatarri (2004) e Derrida (1971) consubstanciam práticas discursivas que favorecem para a elaboração do “currículo-devir” com base no respeito às cartografias de diferenças de
gênero e à diversidade cultural/sexual. As formações discursivas atravessadas pelas noções de “currículo neutro” e “sexualidades essencialistas” ecoam nos discursos dos indivíduos da unidade escolar, constituindo-se enquanto guias das práticas discursivas que envolvem as temáticas no currículo escolar.