A militância da forma em Cabra marcado para morrer: distanciamento, dispositivo meta-reflexivo e construção de realidade como estratégias da segunda fase do documentário de Eduardo Coutinho

Autores

  • Gabriel Ferreira Vasconcelos Mestrando em Artes do Espetáculo, Cinema e Artes Cênicas na Université de Liège (Bégica).

DOI:

https://doi.org/10.3232/REB.2017.V4.N7.2829

Palavras-chave:

Documentário, Eduardo Coutinho, Militância da forma, Distanciamento brechtiano, Dispositivo meta-reflexivo.

Resumo

O trabalho consiste em uma análise das estratégias formais de Eduardo Coutinho no documentário Cabra marcado para morrer (1984). Estas estratégias marcaram a segunda fase da carreira do cineasta. No período, Coutinho negava o viés militante da juventude e as convenções televisivas, em um movimento de busca pelas condições de produção da verdade e pela super-verité dos personagens (Jean Rouch), isto é, da imagem si mesmo projetada na mise-en-scène do depoimento. Em resumo, isso se dava, entre outras estratégias, a partir do distanciamento brechtiano (presença da equipe e do aparato técnico no quadro), de um dispositivo meta-reflexivo (narração reflexiva e anti-normalizadora, por exemplo), da filmagem contínua e da construção da realidade por meio da criação de fatos não-naturais.

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Publicado

2017-06-30

Como Citar

A militância da forma em Cabra marcado para morrer: distanciamento, dispositivo meta-reflexivo e construção de realidade como estratégias da segunda fase do documentário de Eduardo Coutinho. (2017). Revista De Estudios Brasileños, 4(7). https://doi.org/10.3232/REB.2017.V4.N7.2829