Mulheres sobreviventes de violência exercida por parceiros íntimos – a difícil transição para a autonomia
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0080-623420140000600002Resumo
Objetivo Conhecer as trajetórias que as mulheres percorrem desde a entrada até à saída de relações de violência exercida por parceiros íntimos (VPI), e identificar as fases do processo de transição. Método Utilizou-se um paradigma construtivista com recurso à grounded theory. Salvaguardaram-se as orientações éticas da OMS em matéria de investigação sobre violência doméstica. A análise centrou-se em narrativas de 28 mulheres sobreviventes de VPI, obtidas em entrevistas em profundidade. Resultados Referem que as trajetórias percorridas pelas mulheres foram atravessadas por questões de género, (auto)silenciamento, esperança e sofrimento, o que ultrapassou o fim da VPI. Conclusão O processo de transição é constituído por quatro fases: entrada - enamora-se e fica aprisionada; manutenção - auto-silencia-se, consente e permanece na relação; decisão de saída - enfrenta o problema e luta pelo resgate; (re)equilíbrio - (re)encontra-se com uma nova vida. Este (longo) processo foi atravessado por querer (e poder) autodeterminar-se.Downloads
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Publicado
2014-08-01
Edição
Seção
Artigos Originais
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Como Citar
Leitão, M. N. da C. (2014). Mulheres sobreviventes de violência exercida por parceiros íntimos – a difícil transição para a autonomia . Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, 48(spe), 7-15. https://doi.org/10.1590/S0080-623420140000600002