Os profissionais e a violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes: entre os preceitos legais e conceptuais

Autores

  • Gabriele Schek Universidade Federal do Rio Grande
  • Mara Regina Santos da Silva Universidade Federal do Rio Grande
  • Carl Lacharité Université du Québec
  • Maria Emilia Nunes Bueno Universidade Federal do Rio Grande

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0080-623420160000600010

Palavras-chave:

Criança, Adolescente, Família, Violência Doméstica, Prática Profissional

Resumo

OBJETIVO Identificar, com base no discurso dos profissionais, suas concepções a respeito da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes. MÉTODO Estudo qualitativo, realizado com 15 profissionais, que tiveram sob seus cuidados crianças e adolescentes atendidas em decorrência da violência intrafamiliar. Os dados foram coletados entre novembro de 2013 e março de 2015, por meio de entrevistas semiestruturadas. Os dados foram organizados e analisados utilizando a técnica de Análise Textual Discursiva. RESULTADOS O discurso dos profissionais colocou em evidência que alguns aspectos legais em relação ao manejo da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes são negligenciados, omissão respaldada pela justificativa dos profissionais de preservar a família. Destaca-se o confronto entre a concepção de família como cuidadora e a família que violenta os filhos, além do posicionamento dos profissionais, os quais não incluem a família e o agressor nos processos de intervenção frente às situações de violência intrafamiliar atendidas nos serviços. CONCLUSÃO Atuar frente à violência intrafamiliar requer do profissional romper com algumas concepções preestabelecidas para colocar em evidência as reais necessidades de vítimas e famílias.

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Publicado

2016-10-01

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Schek, G., Silva, M. R. S. da, Lacharité, C., & Bueno, M. E. N. (2016). Os profissionais e a violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes: entre os preceitos legais e conceptuais. Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, 50(5), 779-784. https://doi.org/10.1590/s0080-623420160000600010