Construção social da violência obstétrica em mulheres Tének e Náhuatl do México
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1980-220x2018028603464Palavras-chave:
Violência contra a Mulher, Parto, Salas de Parto, População Indígena, Enfermagem ObstétricaResumo
Objetivo Explorar a construção social que as mulheres Tének e Náhuatl do México elaboraram sobre a violência obstétrica. Método Estudo qualitativo-sociocrítico; por meio de grupos focais, houve um aprofundamento nas experiências de parto daquelas que passaram por um parto no período de 2015 a 2016. Resultados Participaram 57 mulheres. Mediante análise do discurso, foi identificado que as participantes não possuem informação suficiente sobre violência obstétrica e/ou direitos sexuais e reprodutivos, o que as impossibilita de associar suas experiências negativas ao termo legal “violência obstétrica”. Seus discursos correspondem na sua maioria ao que, a partir do marco legal, foi denominado “violência obstétrica”; entretanto, experiências como jejum prolongado ou uso de tecnologias para a invasão da sua intimidade foram narradas como algo que concebem ser violento e que não foi incorporado ao termo legal. Conclusão Múltiplas ações que atentam contra os direitos humanos das mulheres têm lugar dentro das salas de parto, a maior parte não é identificada pelas usuárias, visto que não construíram socialmente a imagem da violência obstétrica, mas isso não as faz menos suscetíveis de sentir-se agredidas e denegridas nos seus partos.
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