Resultados perinatais e do primeiro ano de vida segundo cor da pele materna: estudo de coorte
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1980-220x2018003903480%20Palavras-chave:
Grupo com Ancestrais do Continente Africano, Enfermagem Materno-Infantil, Assistência Perinatal, Aleitamento MaternoResumo
Objetivo analisar as características maternas e desfechos perinatais e do primeiro ano de vida segundo a cor da pele autorreferida pelas mães. Método estudo de coorte com 507 mães e seus bebês, desenvolvido em município do interior paulista. O seguimento ocorreu de junho de 2015 a fevereiro de 2017. Os dados foram coletados em cinco momentos: no primeiro mês e aos três, seis, nove e 12 meses de vida da criança. Foram incluídas no estudo variáveis sociodemográficas, relativas ao pré-natal e parto. Entre os desfechos perinatais foram analisados o peso ao nascer e a necessidade de internação em unidades neonatais e entre os desfechos do primeiro ano de vida, ocorrência de infecção respiratória e a vigência de aleitamento materno. Resultados mulheres pretas/pardas apresentam situação sociodemográfica desfavorável quando comparadas às brancas. O único desfecho associado à cor da pele foi a vigência de aleitamento materno, mais favorável entre as mulheres pretas/pardas. Conclusão apesar da situação sociodemográfica desfavorável, considerando os desfechos selecionados, mulheres pretas/pardas não tiveram piores resultados. A hipótese de que a qualidade do atendimento pode anular os efeitos negativos de suas condições sociodemográficas precisa ser testada em futuros estudos.
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