Câncer gestacional: do diagnóstico às repercussões na vivência familiar da maternidade*
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2020-0518Palavras-chave:
Gestação, Neoplasias, Parto, Família, Pesquisa Qualitativa, EnfermagemResumo
Objetivo: Investigar como aconteceu o diagnóstico do câncer gestacional, bem como suas repercussões na vivência familiar da maternidade. Método: Pesquisa qualitativa, fundamentada no Interacionismo Simbólico e conduzida conforme a técnica metodológica da Teoria fundamentada nos dados. Participaram do estudo 12 mulheres com diagnóstico de câncer gestacional e 19 familiares. A coleta dos dados ocorreu de março de 2018 a março de 2019, por formulário de identificação e entrevista em profundidade. A análise seguiu etapas da codificação substantiva aberta. Resultados: Dados foram organizados em duas categorias de análise: Sendo surpreendida pela descoberta do câncer na gestação, que revela o curso de vivenciar a gestação e ter o diagnóstico de câncer; e Sofrendo pelas repercussões do câncer na gestação e no nascimento, que descreve as repercussões do adoecimento na vivência da gestação. Conclusão: O câncer gestacional foi diagnosticado em mulheres jovens a partir de sinais e sintomas que foram confundidos com os próprios da gestação e do pós-parto. O adoecimento foi permeado por ansiedade, impotência e medo, repercutindo na forma de vivenciar a maternidade, já que afastou da gestação planejada e impôs rotinas que distanciaram daquelas vividas em uma gestação de risco habitual.
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