Eventos infecciosos em receptores de transplante renal de doador falecido com critério expandido: coorte prospectiva
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0255Palavras-chave:
Infecções, Transplante de rim, Transplantes, Mortalidade, Taxa de sobrevidaResumo
Objetivo: Analisar fatores de risco para infecção em receptores de transplante renal de doador falecido com critério expandido (DFCE) nos primeiros dois anos de seguimento. Método: Trata-se de estudo de coorte prospectivo, com 466 pacientes do DFCE submetidos a transplante renal, em 2015 e 2016, no Brasil. Um total de 551 eventos foram registrados. A maior incidência de eventos infecciosos ocorreu no primeiro mês após o transplante renal. A infecção por citomegalovírus foi o episódio infeccioso mais comum. Resultados: A taxa de incidência de infecções foi de 57,1%. Entre as infecções bacterianas, apenas 4% foram devidas a microrganismos multirresistentes. A taxa de mortalidade foi de 3,3% (15) pacientes. A principal causa de morte foi infecciosa (73,3%). Hospitalização até a primeira infecção (ORa: 1,61), número de infecções em 1 ano (ORa: 40,16) e infecção por citomegalovírus (ORa: 13,84) foram fatores de risco para infecção por microrganismos multirresistentes (MR). Conclusão: A incidência de infecção por bactérias MR foi alta entre receptores de transplante renal de DFCE, e a principal causa de morte foi infecção. A sobrevivência foi alta entre os pacientes com infecção.
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