O (des)governo na pandemia de COVID-19 e as implicações psicossociais: disciplinarizações, sujeições e subjetividade
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0550Palavras-chave:
COVID-19, Consulta Remota, Saúde MentalResumo
Objetivo: analisar as implicações psicossociais decorrentes da pandemia da COVID-19, relatadas em atendimento online, pela ótica dos conceitos de biopoder, biopolítica e de governamentalidade de Michel Foucault. Método: pesquisa qualitativa do tipo documental, com a análise dos registros de prontuários de usuários atendidos em um chat de escuta terapêutica, entre abril e outubro de 2020. Resultados: os dados foram organizados em duas temáticas: Governamentalidade na pandemia de COVID-19 e a produção de implicações psicossociais de ansiedade e medo e Disciplinarizações e sujeições na pandemia de COVID-19: subjetividades marcadas pela tristeza e angústia. A primeira demonstra que a “arte de governar” no Brasil produziu instabilidades e incertezas que influenciaram na produção do medo da contaminação/morte/e não acesso ao tratamento e ansiedade. Na segunda temática, percebe-se como o controle disciplinar e a regulamentação biopolítica se combinam. No Brasil, um país extremamente desigual, tem-se produzido sujeição e subjetividades marcadas pela angústia, sentimentos de desânimo e tristeza. Conclusão: os processos excludentes foram aprofundados na pandemia, com exercício de uma biopolítica que precariza a vida e produz sofrimento psíquico.
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