Relações de poder e opressão na sala de parto: narrativas de enfermagem
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0476enPalavras-chave:
Violência, Violência de Gênero, Violência no trabalho, Enfermagem, Salas de parto, Pesquisa qualitativa, FeminismoResumo
Objetivo: Analisar as relações de poder e opressão vivenciadas por enfermeiras na sala de parto de um hospital no México sob a perspectiva do feminismo decolonial. Método: Estudo qualitativo no qual foram entrevistadas 15 enfermeiras selecionadas por amostragem teórica. As entrevistas transcritas na íntegra foram posteriormente submetidas à análise de conteúdo. Resultados: A categoria central emergente foi “Relações inter e intragênero de poder/opressão” e as formas psicológica e simbólica de violência foram as mais frequentes. O gênero foi o mais importante determinante estrutural da opressão, atravessando corpos e identidades profissionais. As condições que contribuem para o conflito intragênero são idade, perícia habilidade e especialização. Três recursos de enfrentamento foram documentados: vulnerabilidade, cumplicidade e resistência. Conclusão: É necessário desnaturalizar as formas de poder/opressão sustentadas pelas desigualdades de gênero e discutir outras condições que determinam as relações de poder/opressão entre mulheres e colegas. Erradicar a violência intragênero e intergênero é necessário para acessar ambientes de trabalho seguros que promovam a criatividade para o exercício do cuidado.
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