O "obrador" do judeu Cresques Abraham. Um estudo sobre a cartografia medieval Maiorquina (século XIV)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2017.118445Palavras-chave:
Cartografia Histórica, cultura judaica, cultura materialResumo
A partir de dados do cotidiano da comunidade judaica existente na ilha de Maiorca durante o século XIV, produtora de grande parte dos exemplares remanescente da cartografia medieval convencionada como Portulano, entre eles o Manuscrito Espagnol 30, mais conhecido como Atlas catalão, o presente artigo tem como objetivo compreender a forma organizacional que permitiu esta produção assim como os tipos de materiais e conhecimentos necessários para sua execução e se essa organização produtiva pode embasar o conceito de escola cartográfica maiorquina, frequentemente utilizado pelos historiadores da cartografia. A expressão obrador, na Catalunha medieval, abrange o espaço em que a matéria prima é transformada, não compreendendo apenas um local individual, mas, na maioria das vezes, vários espaços contíguos que viabilizam várias etapas da produção.
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