O terreiro do Gantois: redes sociais e etnografia histórica no século XIX

Autores

  • Lisa Earl Castillo Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2017.118842

Palavras-chave:

Candomblé da Bahia, africanos libertos, barbeiros, irmandades negras, sincretismo

Resumo

O Ilê Iyá Omi Axé Iyamassé, localizado na cidade de Salvador e mais conhecido como o Terreiro do Gantois, é um dos mais antigos candomblés da Bahia, comentado nos estudos afro-brasileiros desde os tempos de Nina Rodrigues e reconhecido como patrimônio histórico do Brasil desde 2002. Contudo, pouco se sabe sobre seus primeiros tempos, além de tradições orais sobre o envolvimento da fundadora no legendário Candomblé da Barroquinha. Este texto cruza dados das tradições orais com pesquisa documental e etnográfica, reconstruindo assim as histórias de vida da fundadora, Maria Júlia da Conceição, e de seu marido, Francisco Nazareth d’Etra, desde o cativeiro até a liberdade. A fundadora era de nação nagô, mas seu marido era jeje e as evidências sobre os primeiros tempos da comunidade religiosa apontam para a importância de influências jejes. O texto ainda traz novas reflexões sobre a antiga relação entre o Gantois e o Ilê Axé Iyá Nassô Oká (Casa Branca), sugerindo uma nova cronologia para a cisão entre as duas comunidades.

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Biografia do Autor

  • Lisa Earl Castillo, Universidade Estadual de Campinas
    Bolsista de pós-doutorado, Centro de Pesquisa em História Social da Cultura -- CCECULT, Departamento de História, Unicamp

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2017-08-14

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Como Citar

CASTILLO, Lisa Earl. O terreiro do Gantois: redes sociais e etnografia histórica no século XIX. Revista de História, São Paulo, n. 176, p. 01–57, 2017. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2017.118842. Disponível em: https://revistas.usp.br/revhistoria/article/view/118842.. Acesso em: 21 nov. 2024.