A dissimulada arte de produzir exclusões: as reformas que encolheram o eleitorado brasileiro (1881-1930)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2020.166560

Palavras-chave:

democracia, cidadania, direitos políticos, pós-abolição, eleições

Resumo

Durante quase meio século, entre 1881 e 1930, o Brasil registrou seus menores índices de participação eleitoral desde a independência até os dias atuais. O presente artigo evidencia que esses índices não eram consequência apenas das cláusulas constitucionais que excluíam do direito de voto mulheres e analfabetos. Ao longo do período enfocado o parlamento brasileiro atuou como uma barreira de contenção, promulgando reformas eleitorais ordinárias que dificultavam o alistamento de cidadãos que, em teoria, poderiam gozar dos direitos políticos. Essas reformas eram decretadas em momentos de expansão do eleitorado e acabavam por estancar pequenos ciclos de aumento da franquia eleitoral. As dificuldades de acesso aos direitos políticos criadas por meio desses mecanismos atingiram principalmente os mais pobres e os egressos da escravidão, os impactos dessas reformas no corpo do eleitorado serão demonstrados ao longo do texto.

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Biografia do Autor

  • Felipe Azevedo Souza, Universidade Federal da Bahia

    Doutor em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Desenvolve estágio de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Bahia (UFBA) com bolsa do Programa Nacional de Pós-Doutorado da Coordenação de Pessoal de Nível Superior - PNPD/CAPES.

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Publicado

2020-09-28

Edição

Seção

Rumos do Brasil

Como Citar

SOUZA, Felipe Azevedo. A dissimulada arte de produzir exclusões: as reformas que encolheram o eleitorado brasileiro (1881-1930). Revista de História, São Paulo, n. 179, p. 1–35, 2020. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2020.166560. Disponível em: https://revistas.usp.br/revhistoria/article/view/166560.. Acesso em: 21 nov. 2024.