Malhado ou malhadiço: a escravidão na sátira barroca

Autores

  • João Adolfo Hansen Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.v0i120p163-181

Palavras-chave:

escravismo, sátira barroca, topoi, persona, padrões normativos, sociedade, discursos locais

Resumo

Através do estudo da sátira enquanto gênero, o autor elabora as inter-relações entre forma e discursos locais, os topoi retóricos e a sociedade em que viveu Gregorio de Matos. A sátira é ortodoxa. As convenções retóricas reforçam o campo institucional de modo que reafirmam os padrões morais e hierárquicos normativos da época. As referências aos mulatos reforçam os preconceitos da sociedade bahiana, enquanto topoi e persona realçam a hierarquia ibérica. Convenções e fatos históricos se complementam enquanto reforço dos padrões dominantes na sátira de Gregório de Matos. Gênero misto, a sátira dramatiza no desenvolvimento dos temas e na elaboração de seus personagens as contradições entre latifundio açucareiro e a sociedade bahiana.

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Publicado

1989-07-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

HANSEN, João Adolfo. Malhado ou malhadiço: a escravidão na sátira barroca . Revista de História, São Paulo, n. 120, p. 163–181, 1989. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.v0i120p163-181. Disponível em: https://revistas.usp.br/revhistoria/article/view/18600.. Acesso em: 3 maio. 2024.