“Universidade em crise”: considerações sobre o movimento estudantil paulistano no pós-golpe civil-militar (1964-1967)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2023.195249Palavras-chave:
Movimento estudantil, ditadura civil-militar, Universidade de São Paulo, Rua Maria AntôniaResumo
Muito se fala sobre 1968, “o ano que não terminou”. Revolta da juventude no mundo como um todo – e no Brasil também –, quebra de paradigmas, repulsa a velhos valores e, claro, intensificação do movimento estudantil, principalmente universitário. Mas, e antes de 1968? Os estudantes, que, antes deste ano, haviam “despertado”, passaram a primeira metade da década de 1960 adormecidos? Assim, este trabalho tem por objetivo analisar a organização política dos estudantes do ensino superior, especificamente da cidade de São Paulo, na famosa rua Maria Antônia, onde ficava a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da Universidade de São Paulo (USP), entre 1964 e 1967. Os dados para a realização deste estudo são frutos de pesquisa de doutorado ainda em andamento, cujo objetivo é constituir uma biografia histórica de Iara Iavelberg (1944-1971), militante das organizações revolucionárias contra a ditadura civil-militar.
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