Uma “engraçada e redonda Anna”: a devoção a Santana e o modelo de feminilidade virtuosa nas Minas coloniais (1720-1820)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2023.200151

Palavras-chave:

Santa Ana, imaginária devocional, devoções femininas, Minas Gerais do século XVIII, sociedade patriarcal

Resumo

A observação da abundância de imagens esculpidas de Santa Ana em Minas Gerais datadas entre os séculos XVIII e XIX instigou a pesquisa da qual este artigo resulta e cujo objetivo inicial era identificar os agentes e os motivos da ampla difusão dessa devoção em terras mineiras. Partindo de uma perspectiva da História da Arte, um grupo de aproximadamente 200 imagens foi analisado em termos de fatura, tipologia e iconografia, e os resultados dessa análise foram confrontados com dados provenientes de diferentes áreas do conhecimento. Contra o pano de fundo patriarcal dominante, observou-se que as representações de Santa Ana se tornaram um modelo simbólico de feminilidade para uma burguesia que desejava construir sua imagem e legitimidade. Esse modelo, contudo, acabou por percorrer em profundidade os diferentes extratos sociais, que dele se apropriaram diferentemente.

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Biografia do Autor

  • Letícia Martins de Andrade, Universidade Federal de São João del-Rei

    Doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), professora associada do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas em História da Arte e Patrimônio (CEPHAP-UFSJ).

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2023-12-01

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ANDRADE, Letícia Martins de. Uma “engraçada e redonda Anna”: a devoção a Santana e o modelo de feminilidade virtuosa nas Minas coloniais (1720-1820). Revista de História, São Paulo, n. 182, p. 1–39, 2023. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2023.200151. Disponível em: https://revistas.usp.br/revhistoria/article/view/200151.. Acesso em: 21 nov. 2024.