“Faço esta minha real carta, ao meu irmão mais moço”: o reino do Kongo e a correspondência diplomática com Portugal como ferramenta de poder (1780-1830)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2025.223159Palavras-chave:
Diplomacia, Kongo, Literacia, Século XIX, Século XVIIIResumo
Este artigo trata da correspondência diplomática entre o reino do Kongo e Portugal entre o fim do século XVIII e o início do século XIX. Analisaremos as estratégias e as formas de manipulação da escrita diplomática pela elite dirigente do Kongo como elemento mediador de negociação e de relações tensas e movediças entre Mbanza Kongo (“corte real” do Kongo) e Luanda. A pesquisa está fundamentada na análise de documentação escrita de produção local do Kongo nos arquivos coloniais portugueses e angolanos. Trataremos da correspondência de três Mani Kongos (reis do Kongo) que deixaram rica documentação escrita e travaram debates importantes com o governador de Angola e com a coroa portuguesa. O prisma da diplomacia, dos usos políticos da escrita e da troca de correspondência entre Mbanza Kongo, Luanda e Lisboa terá o potencial de trazer-nos uma contribuição transversal ao debate que tange ao tema da soberania de entidades políticas africanas e de suas transformações no início do século XIX.
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Referências
Documentação arquivística
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