Colonos, empreiteiros e parceiros na cafeicultura do Sudoeste de Minas Gerais: organização do trabalho em Guaxupé, Muzambinho e Guaranésia (1869-1930)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2020.235173Palabras clave:
Minas Gerais, 1870-1930, cafeicultura, organização do trabalhoResumen
A partir das décadas finais do século XIX, ocorreu uma expressiva expansão das lavouras de café no Sudoeste mineiro. As propriedades, até então integradas às redes de abastecimento interno, com produções de alimentos e criações de rebanhos, converteram-se, em pouco tempo, em importantes núcleos cafeeiros. Estudamos, no presente artigo, os sistemas de trabalho empregados nas unidades produtivas da região – municípios de Guaxupé, Guaranésia e Muzambinho – entre os anos de 1869 e 1930. Na primeira parte do estudo, valendo-nos das escrituras lavradas em cartório de formação e trato de cafezais, identificamos os arranjos de trabalho implementados. Na segunda parte, reduzimos a escala de observação e analisamos as relações de trabalho, especialmente o colonato, em uma das principais propriedades da região – a fazenda Nova Floresta.
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Referencias
Fontes documentais
FMM - Fórum Municipal de Muzambinho
Processos de inventário post mortem do Primeiro e do Segundo Ofícios da Comarca de Muzambinho, de 1880 a 1930.
FMG -Fórum Municipal de Guaxupé
Processos de inventário post mortem do Primeiro e do Segundo Ofícios da Comarca de Guaxupé, de 1880 a 1930.
Cartório de Registro Civil de Guaxupé
Escrituras de formação e trato de cafezais. Do livro 1 ao 33 (de 1861 a 1916).
º Ofício de Notas de Guaxupé
Escrituras de formação e trato de cafezais. Do livro 1 ao 26 (de 1917 a 1930).
º Ofício de Notas de Guaranésia
Escrituras de formação e trato de cafezais. Do livro 1 ao 37 (de 1891 a 1930).
º Ofício de Notas de Guaranésia
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º Registro de Notas de Muzambinho
Escrituras de formação e trato de cafezais. Do Livro 2 ao 49 (de 1881 a 1930).
Arquivo particular da fazenda Nova Floresta
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Folha de pagamento dos trabalhadores 1925/1926
Fotografias
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