Quando a memória é o pomo da discórdia: o 13 de maio de 2020 e a Fundação Palmares

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2022.185560

Palabras clave:

Relações raciais, memória, abolição, Fundação Cultural Palmares, Zumbi dos Palmares

Resumen

Neste artigo, refletimos sobre as disputas políticas pela memória da escravidão e a abolição desta no Brasil por meio da análise de publicações realizadas no site e nas redes sociais oficiais da Fundação Cultural Palmares (FCP) em maio de 2020. Nesses textos, a FCP, sob a presidência de Sérgio Camargo, busca valorizar o legado da Princesa Isabel como artífice da abolição e denunciar o caráter mitológico de Zumbi dos Palmares. A consolidação dos “lugares de memória” (NORA, 1993) não é consequência natural ou inexorável dos processos históricos, mas sim o resultado de embates e disputas sociais e simbólicas (LE GOFF, 1990). Assim, este artigo tem como objetivo investigar os elementos simbólicos e históricos mobilizados pela atual gestão da Fundação Cultural Palmares, no sentido de desqualificar e desmontar as políticas públicas de igualdade racial calcadas na reconstrução de símbolos, heróis e efemérides da negritude que surgiram a partir da redemocratização do país na década de 1980.

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Biografía del autor/a

  • Juliana Serzedello Crespim Lopes, Instituto Federal de São Paulo

    Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do ABC (PCHS-UFABC), docente do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) no Instituto Federal de São Paulo (IFSP), campus Itaquaquecetuba.

  • Paulo Sergio da Costa Neves, Universidade Federal do ABC

    Doutor em Sociologia e Ciências Sociais pela Université Lumière Lyon 2, é professor titular na Universidade Federal do ABC (UFABC), onde atua junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais e na graduação em Políticas Públicas.

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Publicado

2022-07-11

Número

Sección

Memória e História

Cómo citar

LOPES, Juliana Serzedello Crespim; SERGIO DA COSTA NEVES, Paulo. Quando a memória é o pomo da discórdia: o 13 de maio de 2020 e a Fundação Palmares. Revista de História, São Paulo, n. 181, p. 1–31, 2022. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2022.185560. Disponível em: https://revistas.usp.br/revhistoria/article/view/185560.. Acesso em: 21 nov. 2024.