Historiadores franceses na zona cinzenta: lembranças da guerra
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2017.121976Mots-clés :
Memória, Resistência francesa, Nova História, Ocupação alemã da França, Vichy, Zona cinzentaRésumé
Este artigo analisa as lembranças de alguns historiadores franceses que viveram na França ocupada pelos alemães e, no pós-1945, construíram suas carreiras, especialmente na chamada Nova História francesa. A pesquisa está baseada em ensaios de ego-história, autobiografias e entrevistas que os autores selecionados produziram a partir de finais dos anos 1980, ou seja, quase 40 anos após o fim da guerra. O estudo tem como objetivo demonstrar, em primeiro lugar, que tais lembranças se inserem, de uma forma ou de outra, na memória construída na França do pós-guerra, influenciadas pelo mito da Resistência que o revisionismo historiográfico francês tem desconstruído desde a década de 1970. Finalmente, o artigo argumenta que a maioria dos autores selecionados, quando jovem, viveu no que Pierre Laborie chamou de zona cinzenta, inspirado na obra de Primo Levi.
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