Brazil's irrigation at the international capital's crosshairs (1964-1975)

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2021.169914

Keywords:

Irrigation, Green Revolution, Dictatorship, Dependence, Capital

Abstract

In this paper, we analyze the ways international capital inserted itself into dictatorial Brazil aiming at its agricultural modernization. To do so, we searched into legislative documentation, journals, bulletins, and books of contracts that disclosed agreements between the State and national and foreign firms, as well as strategies and forms of action that strategically position the national territory in the expansion of the Green Revolution. We demonstrate how investment in the agricultural sector could be related to foreign indebtedness, contributing to the country’s subordinate and dependent condition in relation to financial creditors and specialists about irrigation. Finally, we evaluated how the national business community and the top echelons of national politics related to one another in the face of these changes.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Mário Martins Viaja Júnior, Universidade Federal do Ceará
    Post-doctorate in History from the University of Coimbra and PhD in History from the Federal University of Santa Catarina. Professor of the Postgraduate Program in History, the Professional Master in History Teaching and the undergraduate course in History at the Federal University of Ceará. He is Coordinator of the Center for Studies on Memory and Territorial Conflicts (COMTER) and of the Working Group (GT) "Agrarian Question" of ANPUH-CE. Research supervised by Dulce Freire.

References

ABREU, Marcelo de Paiva et al. A Ordem do Progresso: cem anos de política econômica republicana (1889-1989). Rio de Janeiro: Editora Campus, 1995.

ALVARO-MOYA, Adoración. Los inicios de la internacionalización de la ingeniería española, 1950-1995. ICE: Revista de economía, nº 849, 2009 (Ejemplar dedicado a: La internacionalización de la empresa española en perspectiva histórica), pags. 97-112.

BARRETO, Vitor Julio Gomes. Da conquista da natureza à conquista da Terra: O imperialismo francês a partir da Geografia Humana de Paul Vidal de la Blache e Jean Brunhes. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal Fluminense. Rio de Janeiro, 2019.

BENAKOUCHE, Rabah. Bazar da dívida externa brasileira. São Paulo: Boitempo, 2013.

BEZERRA DE MELO, Demian. Ditadura “Civil-Militar”?: controvérsias historiográficas sobre o processo político brasileiro no pós-1964 e os desafios do tempo presente. Espaço Plural, vol. XIII, núm. 27, julio-diciembre, 2012.

BIN, Daniel. A superestrutura da dívida: financeirização, classes e democracia no Brasil neoliberal. São Paulo: Alameda, 2017.

BORDEVANE, Juan Días. Modernização da agricultura e cooperação internacional: 25 anos do IICA no Brasil. Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura, Escritório no Brasil, 1990.

BORDIGNON, Talita Francieli. As ações do Estado brasileiro para o desenvolvimento do ensino industrial no Brasil (1946-1971). Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas. SP, Campinas, 2012.

BRAGA, Ana Maria de Fátima Afonso. Tradição camponesa e modernização: experiências e memória dos colonos do perímetro irrigado de Morada Nova. Dissertação (Mestrado em História Social) – Universidade Federal do Ceará. CE, Fortaleza, 2003.

BURSZTYN, Marcel. O poder dos donos: planejamento, e clientelismo no Nordeste. Rio de Janeiro: Garamond; Fortaleza: BNB, 2008.

CAMPOS, Pedro Henrique Pedreira. Estranhas Catedrais: as empreiteiras brasileiras e a ditadura civil-militar, 1964-1988. Niterói: UFF, 2014.

CHESNAIS, François (org.) A finança mundializada: raízes sociais e políticas, configuração, conseqüências. São Paulo: Boitempo, 2005.

COELHO NETO, Agripino Souza. Trajetórias e direcionamentos da política de irrigação no Brasil: as especificidades da região Nordeste e do Vale do São Francisco. Biblio 3W - REVISTA BIBLIOGRÁFICA DE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES, Vol. XV, N. 876, 2010, p. 1-20.

COMPANHIA VALE DO RIO DOCE. A mineração no Brasil e a Companhia Vale do Rio Doce. Rio de Janeiro, 1992.

CRUZ, Paulo Davidoff. As origens da dívida. Lua Nova, São Paulo, v. 1, n. 2, p. 41-46, set. 1984.

DELGADO, Guilherme Costa. Capital e política agrária no Brasil: 1930-1980. In: SZMRECSÁNYI, Tamás; SUZIGAN, Wilson (orgs.) História econômica do Brasil contemporâneo. São Paulo: Hucitec: Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa Oficial, 2002.

DÍAS-GEADA, Alba; TÁBOAS, Daniel Lanero. Modelos de modernización para el desarrollismo: el influjo de las propuestas estadounidenses en el Servicio de Extensión Agraria (1955-1975). Universidade de Santiago de Compostela, 2015.

ESTADOS UNIDOS. Relatório Final do Convênio: USAID/ UA/ SUDENE/ UFC. In: PRISCO, José Tarquínio. História, Fatos e reflexões: Depoimento de um professor, pesquisador e gestor universitário. Fortaleza: Fb Editora, 2014. p. 244.

FERREIRA, Carla; OSÓRIO, Jaime; LUCE, Mathias Seibe. Introdução. In: FERREIRA, C.; OSORIO, J.; LUCE, M. (Orgs.). Padrão de reprodução do capital: contribuições da teoria marxista da dependência. São Paulo: Boitempo, 2012, p. 9-20.

FERREIRA, Marcelo José Monteiro; VIANA JÚNIOR, Mário Martins. PONTES, Andrezza Graziella Veríssimo; RIGOTTO, Raquel Maria; ALMEIDA, Diego Gadelha de. Gestão e uso dos recursos hídricos e a expansão do agronegócio: água para quê e para quem? Ciência saúde coletiva [online], 2016, vol.21, n.3, pp.743-752.

FONTES, Virgínia. O Brasil e o capital imperialismo: Teoria e história. Rio de Janeiro: EdUFRJ; Editora Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, 2010.

FREIRE, Dulce. Entre sequeiro e regadio. Políticas públicas e modernização da agricultura em Portugal (século XX). XIV Congresso de História Agrária (pp. 1-14). Badajoz: Universidad Badajoz/SEHA, 2013.

GINZBURG, Carlo. História Noturna: decifrando o sabá. São Paulo: Cia das Letras, 1991.

GONÇALVES NETO, Wenceslau. Estado e agricultura no Brasil: Política agrícola e modernização econômica brasileira (1960-1980). São Paulo: HUCITEC, 1997.

GUICHARD, Edmond. Les sols du Bassin du Rio Jaguaribe (Brésil). Paris: ORSTOM, 1970.

LANERO, Daniel; FREIRE, Dulce (coords.). Agriculturas e innovación tecnológica en la Península Ibérica (1946-1975). Madrid: Ministerio de Medio Ambiente y Medio Rural Y Marino, 2011.

LIMA FILHO, Sebastião André Alves de. O Que a Escola Superior de Guerra (ESG) Ensinava. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, p. 288, 2011.

MARQUES, Luiz. Capitalismo e colapso ambiental. Campinas, Sp: Editora da Unicamp, 2015.

MENDONÇA, Sonia Regina de. Extensão Rural e hegemonia norte-americana no Brasil. História Unisinos, Vol. 14, N° 2, maio/agosto de 2010, p. 189-196.

MOLINA, Rodrigo Sarruge Molina. Ditadura, agricultura e educação: a ESALQ/USP e a modernização conservadora do campo brasileiro (1964 a 1985). Tese (Doutorado em História) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação. SP, Campinas, 2016.

MORAIS, Clodomir Santos de. História das Ligas Camponesas do Brasil (1969). In: STÉDILE, João Pedro. A Questão Agrária no Brasil: história e natureza das Ligas Camponesas (1954-1964). São Paulo: Expressão Popular, 2012.

MOREIRA, Sérvulo Vicente Moreira. O Sistema de Pesquisa e de Inovação na Alemanha. Radar, N° 42, dez. 2015, p. 39-49.

OLIVEIRA, Francisco de. Elegia para uma (re)ligião: Sudene, Nordeste, Planejamento e conflitos de classe. São Paulo: Boitempo, 2008.

PEREIRA, João Márcio Mendes. O Banco Mundial como ator político, intelectual e financeiro (1944-2008). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

SANTIAGO, Vandeck. Francisco Julião, as Ligas e o Golpe Militar de 1964 (2004). In: STÉDILE, João Pedro. A Questão Agrária no Brasil: história e natureza das Ligas Camponesas (1954-1964). São Paulo: Expressão Popular, 2012.

SANTOS, Theotonio dos. O nôvo caráter da dependência: grande empresa e capital estrangeiro na América Latina. In: PEREIRA, Luiz (org.). Perspectivas do Capitalismo Moderno: leituras de sociologia do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.

SERVILHA, Valdemar. O financiamento da agricultura brasileira. Campinas, SP: [s.n.], 1994.

SILVA, César Roberto Leite da Silva; CARVALHO, Maria Auxiliadora de Carvalho. A Política Cambial Brasileira no Pós-Guerra. IEA, (1987): 31.

SOUSA, Elisângela Maria de Oliveira. O “Novo Modelo De Irrigação” e os Colonos de Morada Nova: Política Para Qual Público?.: Dissertação (Mestrado Acadêmico em Políticas Públicas e Sociedade) – Universidade Estadual do Ceará. CE, Fortaleza 2005.

TOUSSAINT, Eric. A Bolsa ou a Vida: a dívida externa do Terceiro Mundo - as finanças contra os povos. São Paulo: Fundação Perseu Ramos, 2002.

UMAÑA, Wilson Picado. Breve história semántica de la Revolución Verde. In: LANERO, Daniel; FREIRE, Dulce (coords.). Agriculturas e innovación tecnológica en la Península Ibérica (1946-1975). Madrid: Ministerio de Medio Ambiente y Medio Rural Y Marino, 2011.

VIANA JÚNIOR, Mário Martins. Irrigando a Ditadura: facetas da modernização agrícola no Brasil (1964-1975). Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 12, n. 30, e0209, maio/ago.2020.

WORSTER, Donald. Para fazer história ambiental. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 4, n. 8, 1991.

Published

2021-06-16

Issue

Section

História e Economia

How to Cite

VIAJA JÚNIOR, Mário Martins. Brazil’s irrigation at the international capital’s crosshairs (1964-1975). Revista de História, São Paulo, n. 180, p. 1–33, 2021. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2021.169914. Disponível em: https://revistas.usp.br/revhistoria/article/view/169914.. Acesso em: 20 may. 2024.