Flami-n'-Assú: manifesto and amazonian perspectivism in Brazilian Modernism in the 1920s

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2022.196154

Keywords:

Brazilian Modernism, Amazonian perspectivism, literary manifest, national identity, discursive place

Abstract

This article analyzes the importance and dissemination of the literary manifest Flami-n’-assú by Abguar Bastos (1902-1995) as part of the intellectual construction of an Amazonian perspectivism on Brazilian Modernism in the 1920s. To this end, we seek to analyze the literary groups formation in Pará in the first decades of the 20th century, their philosophical aspects, and their connections and distinctions related to other national artistic projects. From a regional point of view, ideas of modernity mediated by national identity are at the base of these ideas generation, taking into account the place of the discursive, indigenous ancestry and positioning of the Amazon in the debate from a rich literary experience. However, it was not a matter of thinking that the region was a stronghold of traditions, lost in the past and excluded from history. On the contrary, ideas of indigenous future, youth, avant-garde, knowledge, and art were part of the cognitive repertoire of “mental” and “spiritual” support of Flami-n’-assú manifest in the struggles with the past and construction of the present.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Aldrin Moura de Figueiredo, Universidade Federal do Pará

    Doutor em História. Faculdade de História. Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil.

References

Fontes Impressas

ABREU, José Coelho da Gama e. As regiões amazônicas: estudos chorographicos dos estados do Gram-Pará e Amazonas. Lisboa: Imprensa de Libânio da Silva, 1896.

ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz. 2a ed. São Paulo: Duas Cidades, 1983 [1928].

Andrade, Oswald de. O esforço intelectual do Brasil contemporâneo. Revista do Brasil. n. 96. São Paulo, 1923.

Athayde, Camillo. O Pará literário e a geração moderna. Belém Nova. n. 15. Belém, 31 de maio de 1924.

Bastos, Abguar. À geração que surge. Belém Nova. n. 5. Belém, 10 de novembro de 1923.

Bastos, Abguar. A poesia na terra das Amazonas. Belém Nova. n. 2. Belém, 30 de setembro de 1923a.

Bastos, Abguar. Flami-n´-assú: manifesto aos intelectuais paraenses. Belém Nova. n. 74. Belém, 15 de setembro de 1927.

Bastos, Abguar. Uiara. Belém Nova. n. 75. Belém, 30 de setembro de 1927a.

Bastos, Abguar. Poema. Revista de Antropofagia. 1a dentição. n. 1. São Paulo, 1928.

Bastos, Abguar. Terra de Icamiaba. Rio de Janeiro: Andersen-Editores, 1934.

Bastos, Abguar. Certos caminhos do mundo. Rio de Janeiro: Andersen-Editores, 1935.

Bastos, Abguar. Safra. Rio de Janeiro: Andersen-Editores, 1937.

Bopp, Raul. Putirum: poesias e coisas de folclore. Rio de Janeiro: Leitura, 1968.

BRAGA, Theodoro. A arte decorativa entre os índios selvagens da foz do Amazonas. Revista do Instituto Historico e Geographico do Pará. v. 1, n. 1. Belém, 1917, p. 49-52.

Cunha, Euclides. À margem da história. Porto: Livraria Chardron, 1909.

Galvão, Francisco. Literatura nos Estados: Pará. O Mundo Litterario. v. 4, n. 12. Rio de Janeiro, 1923.

Galvão, Francisco. Manifesto da Belleza. Belém Nova, n. 2. Belém, 30 de setembro de 1923a.

Galvão, Francisco. O homem da Amazônia vencerá a natureza. Cultura Política. v. 3, n. 25, Rio de Janeiro, 1943, p. 94-96.

GUSMÃO, Clovis de. Mayandeua. Revista de Antropofagia. 2ª dentição, n. 3, São Paulo, 1929.

GUSMÃO, Clovis de. Antropofagia. Revista de Antropofagia. 2ª dentição, n. 4, 1929a.

GUSMÃO, Clovis de. O Amazonas: a vida de um rio (o Eldorado e a geografia fantástica do século XVI). Cultura Política. v. 2, n. 13, Rio de Janeiro, 1942, p. 13-22.

Ladislau, Alfredo. Psycologia dos lagos. Belém Nova, n. 4. Belém, 31 de outubro de 1923.

Leão, Carlos. Natureza Amazônica. Belém Nova. n. 2. Belém, 30 de setembro de 1923.

Menezes, Bruno. Arte Nova. Estado do Pará. Belém, 13 de fevereiro de 1920.

Menezes, Bruno. Da vida dos nossos dias. Belém Nova. n. 1. Belém, 19 de setembro de 1923.

Menezes, Bruno. Uma reação necessária. Belém Nova. n. 5. Belém, 10 de novembro de 1923a.

MORAES, Eneida de. Canto novo para o Brasil. Belém Nova. n. 76. Belém, 30 de outubro de 1927.

MORAES, Eneida de. Terra Verde. Belém: Livraria Globo, 1929.

MORAES, Eneida de. Assahy. Revista de Antropofagia. 2a dentição, n. 10. São Paulo, 1929a.

MORAES, Eneida de. Banho de cheiro. Revista de Antropofagia. 2a dentição, n. 15. São Paulo, 1929b.

OLIVEIRA, Paulo de. Sobre uma carta. Belém Nova. n. 74. Belém, 15 de setembro de 1927.

OLIVEIRA, Paulo de. Flami-n’-assú. Belém Nova. n. 75. Belém, 30 de setembro de 1927.

Peregrino Júnior. O movimento modernista. Rio de Janeiro: MEC, 1954.

RAIOL, Domingos Antônio. Visões do crepúsculo. Pará: Editora Alfredo Silva & Cia, 1898.

Rangel, Alberto. O inferno verde: scenas e scenarios do Amazonas. Florença: Typ. Minerva, 1908.

Rangel, Alberto. Sombras n’ água: vidas e paizagens no Basil equatorial. Leipzig: F. A. Brockhaus, 1913.

VERÍSSIMO, José. Um Nietzsche diferente. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, ano 03, n. 587, 19 de janeiro de 1903.

VIEIRA, Ernani. Flami-n’-Assú. A Semana. n. 515. Belém, 10 de março de 1928.

Referências Bibliográficas

BAMFORD, Julia; POPPI, Franca; MAZZI, Davide. (Ed.). Space, place and the discursive construction of identity. New York: Peter Lang, 2014.

BARBOSA, João Alexandre. Prefácio. In: VERÍSSIMO, José. Homens e cousas estrangeiras, 1899-1908. Rio de Janeiro: Top Books, 2003.

BERGSON, Henri. Matière et memoire. Paris: PUF, 1965 [1896].

BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembrança de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

CANDIDO, Antonio. Iniciação à literatura brasileira: resumo para principiantes. 3ª ed. São Paulo: Humanitas, 1999.

CARR, H. Wildon. Henri Bergson: the philosophy of change. Washington: Kennikat Press, 1970.

CERTEAU, Michel de. L’écriture de l’histoire. Paris: Gallimard, 1975.

CONCEIÇÃO, Evellin; FARES, Josebel Akel. A chama da estrela que pulsa e arde: educação sensível na prosa poética de abguar Bastos. Boitatá. v. 14, n. 27, p. 10-24, 2019.

CORDEIRO, Matheus Villani. A hileia amazônica em perspectiva: as impressões e leituras de Gastão Cruls sobre a Amazônia, a natureza e as sociedades indígenas (1925-1945). Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde). Rio de Janeiro: Fiocruz, 2021.

FARES, Josebel Akel. Imagens da Matinta Perera em contexto amazônico. Boitatá. v. 3, p. 62-78, 2007.

FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. Letras insulares: leituras e formas da história no modernismo brasileiro. In: CHALHOUB, Sidney; PEREIRA, Leonardo. (Org.). A história contada: capítulos de história social da literatura no Brasil. 1ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998, p. 301-331.

FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. A cidade dos encantados: pajelanças, feitiçarias e religiões afro-brasileiras na Amazônia, 1870-1950. Belém: Edufpa, 2009.

FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. De pinceis e letras: os manifestos literários e visuais no modernismo amazônico na década de 1920. Territórios e Fronteiras, v. 9, p. 130-54, 2016.

FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. Os novos e o centenário: arte, literatura e efeméride no Pará dos anos 20. Revista de Estudos Amazônicos, v. 3, p. 165-183, 2008.

FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. Os vândalos do apocalipse e outras histórias: arte e literatura no Pará dos anos 20. Belém: Instituto de Artes do Pará, 2012.

FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. Outras margens, outros centros: o modernismo brasileiro a partir da Amazônia. In: AMARAL, Aracy; BARROS, Regina Teixeira de. (Org.). Moderno onde? Moderno quando? A Semana de 22 como motivação. São Paulo: Museu de Arte Moderna, 2021, p. 54-67.

FIGUEIREDO, Aldrin Moura de; GALVÃO JÚNIOR, Heraldo Márcio. Revistas no Front: aproximações entre Belém Nova e Revista de Antropofagia por meio de manifestos na década de 1920. Revista Antíteses, v. 12, p. 166-195, 2019.

FURTADO, Marli Tereza. Abguar Bastos e a série “Os dramas da Amazônia”, ou um romancista em construção. In: NUNES, Paulo (Org.). Diversidade cultural: diálogos literários. 2ª ed. Belém: Unama, 2008, v. 2, p. 91-104.

FURTADO, Marli Tereza. Futurismo e dadaísmo: a deglutição antropófaga de Abguar Bastos em Terra de Icamiaba e Certos caminhos do mundo. Moara, n. 52. p. 42-52, 2019.

GALVÃO JÚNIOR, Heraldo Márcio. Quem não pode morder não mostra os dentes: modernistas e antropofágicos entre São Paulo e Belém do Pará nos anos 1920. Tese (Doutorado em História Social) — Programa de Pós­Graduação em História Social da Amazônia, Universidade Federal do Pará, Pará, Belém, 2020.

GALVÃO JÚNIOR, Heraldo Márcio. Tenupá-Oikó: a filosofia do Deixa Está como proposta humorística para a construção da legislação brasileira pela ótica antropofágica de Clóvis de Gusmão. Faces da História, v. 7, p. 25-51, 2020a.

GILLES, Mary Ann. Henri Bergson and British modernism. Montreal: McGill-Queen’s University Press, 1996.

HOBSBAWM, Eric. Behind The Times: Decline and Fall of the Twentieth-century Avant-gardes. London: Thames and Hudson, 1999.

LEITE, Antonio. Mais um livro de Abguar Bastos: Somanlu. Pensamento e arte: Suplemento do Correio Paulistano. São Paulo, 7 de março de 1954, p. 3.

MORAES, Raymundo. O meu diccionario de cousas da Amazonia. Rio de Janeiro: Alba, 1931, 2 vol.

MURPHY, Richard. Theorizing the avant-garde: modernism, expressionism, and the problem of modernity. Cambridge and New York: Cambridge University Press, 1999.

NODARI, Alexandre. A oca de Clóvis de Gusmão. Revista Landa. v. 10, n. 1, p. 188-243, 2021-2022.

NUNES, Benedito. Oswald cannibal. São Paulo: Perspectiva, 1979.

NUNES, Benedito. Cursino Silva. In: PODER JUDICIÁRIO. Desembargador Cursino Loureiro da Silva: homenagem Póstuma. Belém: TJEP, 2000, p. 82.

NUNES, Benedito; PEREIRA, Soraya; PEREIRA, Ruy. (Org.). Dalcídio Jurandir: romancista da Amazônia. Rio de Janeiro: Casa de Rui Barbosa, 2006.

PAIVA, Marco Aurélio. Um outro herói modernista. Tempo Social, v. 20, n. 2, 175-196, 2008.

REIS, Marcos Valério. Abguar Bastos, Amazônia e renovação modernista: romances e manifestos. Tese (Doutorado em Comunicação, Linguagens e Cultura) — Programa de Pós­Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura, Universidade da Amazônia, Pará, Belém, 2020.

SCHWARTZ, Jorge. Vanguardas latino-americanas: polêmicas, manifestos e textos críticos. São Paulo: Edusp, 1995.

SOUSA, Daniel Coelho de. Cursino Silva: oração de posse à Academia Paraense de Letras. In: PODER JUDICIÁRIO. Desembargador Cursino Silva: homenagem Postuma. Belém: TJEP, 2000 (1976), p. 71-81.

SOUZA, Márcio. A expressão amazonense: do colonialismo ao neocolonialismo. 2ª ed. São Paulo: Alfa-Ômega, 1977.

TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1976.

VELLOSO, Mônica Pimenta. A modernidade carioca na sua vertente humorística. Estudos Históricos, v. 8, n. 16, p. 269-277, 1995.

VELLOSO, Mônica Pimenta. Modernismo no Rio de Janeiro: Turunas e Quixotes. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996.

VERÍSSIMO, José. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1916.

WEISGERBER, Jean. Les Avant-gardes littéraires au XXe siècle. Budapest: Akadémiai Kiadó, 1984.

Published

2022-11-04

Issue

Section

Dossiê 1922/2022: o século da Semana – balanços e perspectivas

How to Cite

FIGUEIREDO, Aldrin Moura de. Flami-n’-Assú: manifesto and amazonian perspectivism in Brazilian Modernism in the 1920s. Revista de História, São Paulo, n. 181, p. 1–22, 2022. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2022.196154. Disponível em: https://revistas.usp.br/revhistoria/article/view/196154.. Acesso em: 19 may. 2024.