De convidado a anfitrião – a ânima local do CCBB Brasília
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8354.v0i4p207-231Palavras-chave:
Museu, CCBB, Brasília, Cultura, PaisagemResumo
O turista/visitante do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB) ressignifica os espaços enquanto o Centro, como anfitrião, adapta-se a essa necessidade. Este artigo repercute como a movimentação do espaço modificou o relacionamento da sociedade e do próprio mecenas, o Banco do Brasil, com o CCBB. E isso levando-se em conta o turismo e seu valor simbólico sobre um ambiente outrora inóspito e atualmente vivaz em seus lugares em constante transmutação. O texto ainda aborda o que leva uma instituição financeira a investir em um segmento que não é o seu, concentrando recursos em espaços com equipamentos próprios, prevendo programação regular e diversificada. O tão aclamado “sinta-se em casa” pode tornar o visitante indesejado, caso não aceite as regras do lugar – e ele tem inúmeras formas de fazê-lo. No entanto, o CCBB ocupou o Edifício Tancredo Neves, tornando-se um dos sítios mais aprazíveis na capital federal, ao transformar-se continuamente. O fato custou ao prédio o próprio nome, pois todos os que buscam pela programação cultural oferecida não se referem ao complexo pelo seu nome de batismo. O conjunto arquitetônico, inaugurado para ser o centro de formação dos funcionários do Banco do Brasil, tornou-se sinônimo de lazer voltado para os mais diversos públicos. O fluxo de visitantes é constante, ao ponto de transformar o CCBB DF no segundo museu/centro cultural mais visitado do Brasil. Sua hospitalidade é um elemento reconhecido e reforçado, seja na imprensa, nas mídias e redes sociais e, especialmente, nas manifestações dos visitadores. Nas reflexões sobre espaço, paisagem, território e lugar reconhece-se o ambiente como produtor de algo singular, que existe em função de construções de memória coletiva – e tal se dá em função da apropriação do CCBB pelo cidadão.
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