Reflexões propositivas sobre o ensino de música para estudantes com perfil fora do padrão conservatorial europeu
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2024.227511Palavras-chave:
Modelo Conservatorial Europeu, Práticas Deliberadas, Saxofone, Técnica BásicaResumo
Considerando questões como etarismo, em contraposição a super valorização de estudantes jovens, com potencial musical expressivo em detrimento daqueles com perfil fora dos padrões preconizados pelo modelo conservatorial europeu proeminente no Brasil, este trabalho aborda um estudo realizado no ano de 2022 com alunos iniciantes de saxofone oriundos da classe trabalhadora, com idade entre 22 e 78 anos da Escola Municipal de Música de Embu das Artes – SP. Como resultado, este recorte apresenta apontamentos iniciais sobre a eficácia da utilização de estratégias para desenvolvimento técnico instrumental a partir de um roteiro e organização de estudos voltados ao saxofone. Além disso, busca-se também, refletir sobre o modelo de ensino e aprendizado que possui como base o padrão conservatorial europeu. Para as questões relacionadas a institucionalização do ensino de música no Brasil a partir do arquétipo conceitual europeu, utilizamos como base o trabalho de Jardim (2009). Sobre os estudos deliberados, como referência o trabalho de Mendes (2014). No tocante aos parâmetros técnicos relacionados ao ensino do saxofone, como base norteadora, Oliveira (2023). Para os temas ligados aos aspectos motivacionais, os estudos de Figueiredo e Moreira (2023). Concernente ao ensino, música e interdisciplinaridade, como base o trabalho de Lima et. al. (2019). Em relação aos itens que dizem respeito à organização física e mental dos estudos, utilizamos o referencial teórico de Fraser (2020) – tradução de Barancoski (2021).
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