Our culinary, our heritage
Gastronomy students’ narratives and records about food and social memory
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-3147.v1i2p194-195Keywords:
Food History - study and teaching, Social memory, Intangible cultural heritage, Training experiences, Audiovisual resourcesAbstract
Esta discussão emerge como atividade final do curso de pós-graduação especialização em História da Alimentação e Patrimônio Cultural, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), no Rio Grande do Sul. Nesta lógica, o tema proposto deste estudo tem como pano de fundo o projeto Nossa culinária, nosso patrimônio, desenvolvido na disciplina de História da Alimentação: cultura e sociedade, do Curso Superior Tecnológico de Gastronomia, da mesma universidade. O projeto, desenvolvido desde o ano de 2015, possui como um de seus objetivos proporcionar aos estudantes a compreensão do alimento como categoria histórica e sua relação com o patrimônio imaterial e com a memória social de seus municípios de origem. Para tanto, após o estudo teórico, os alunos são instigados a identificar e pesquisar sobre uma prática gastronômica da Região do Vale do Rio Pardo (RS), relacionando-a com conteúdos relativos aos bens culturais, ao patrimônio cultural imaterial, à comida enquanto cultura e seus aspectos simbólicos, afetivos e identitários. Além disso, como materialização desta pesquisa, os discentes são convidados a planejar e elaborar uma produção audiovisual, com envolvimento na organização de roteiros, definição de quais os caminhos metodológicos a seguir, assim como atividades de seleção e edição de som e imagem. A escolha desse projeto como tema de estudo se deu pelo propósito em descrever e analisar algumas práticas culturais gastronômicas da Região do Vale do Rio Pardo, identificadas pelos discentes, em comunidades pesquisadas no projeto, como tendo ou não elementos de patrimônio intangível e/ou como narrativas de memória social. E para compreender como emerge a constituição histórica e de memória coletiva sobre a culinária no Vale do Rio Pardo, a história oral foi eleita como o caminho que viabiliza a escuta dessas comunidades, pois ela possibilita aos sujeitos, muitas vezes invisibilizados no campo da História, compor novos olhares e vozes sobre o que já se conhece. Quanto à análise, esta se baseou em elementos da categorização na pesquisa qualitativa, inspirada na perspectiva da análise textual discursiva. E, a partir disso, também se verificou se o projeto possibilitou aos estudantes experiências de formação para a compreensão e construção dos conceitos de comensalidade, de memória social e de patrimônio cultural imaterial no âmbito da alimentação. Para isso, como fonte, foram usadas duas produções elaboradas pelos alunos e, assim, também se abriu o espaço para a reflexão sobre os modos de preservação dos patrimônios gastronômicos e saberes locais, analisando as potencialidades das fontes audiovisuais na pesquisa em história da alimentação. Nesse sentido, os audiovisuais, além de propiciarem contribuições para a ilustração de conteúdos da história da alimentação, podem viabilizar a preservação e a divulgação de saberes e fazeres gastronômicos, assumindo a condição de dispositivos de salvaguarda do patrimônio intangível e das narrativas de memória social e identidade.
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