n. 40 (2023): Dossiê "Arqueologia e os Estudos do Lixo"

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O n. 40 da Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia apresenta o volume temático Arqueologia e os Estudos do Lixo, trazendo para a cena o que poderíamos chamar de Lixologia, aportuguesando o neologismo em inglês Garbology/Garbologia. O lixo quando definido como restos, coisas descartadas, abandonadas, geralmente com conteúdos que estão intimamente ligados ao cotidiano, é um vestígio precioso para a Arqueologia. Encontrar um bolsão de lixo em contexto estratigráfico preservado é um dos melhores achados que a pesquisa arqueológica pode oferecer para quem está escavando um sítio. Com a expansão de uma arqueologia mais preocupada com a genealogia de problemas socioambientais que assolam a vida em todo planeta, o interesse arqueológico pelo lixo tem ressurgido e com ele novos olhares para os clássicos de William Rathje e o uso da arqueologia em políticas públicas, assim como tem sido cada vez mais comum a referência a autores cujas diferentes perspectivas teórico-metodológicas unem-se no que vem sendo chamado de arqueologia do passado contemporâneo, do passado recente ou do presente. Os editores convidados são Rafael Abreu Souza, doutor em Arqueologia (MAE-USP) e Ambiente e Sociedade (Unicamp) e Camilla Agostini, docente da UERJ. Completam o volume oito artigos livres, que tratam da preservação de resíduos arqueobotânicos, sobre a história recente das pesquisas brasileiras no Egito, o conceito de indigenização em museus franceses, sobre a tecnologia lítica em contexto arqueológico argentino, sobre as “ecologias” na arqueologia amazônica, uma proposta metodológica para o estudo das cerãmicas de figuras negras de Tasos, a bioarqueologia dos cerritos riograndenses e se encerra com uma reflexão sobre a contribuição dos currículos de Arqueologia para a discussão das preocupações e das questões contemporâneas.

Publicado: 2023-05-12

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