Os Cadernos Nacionalistas do Ipês e a luta ideológica no mercado editorial do pré-1964
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.i139p71-86Palavras-chave:
Cadernos Nacionalistas, Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipês), Golpe de 1964, Anticomunismo, Reformas de baseResumo
O artigo propõe uma análise dos aspectos da campanha anticomunista e das propostas reformistas desenvolvidas pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipês) a partir da Coleção Cadernos Nacionalistas, publicada pela entidade entre 1964 e 1965. Observando os pontos de convergência e divergência entre este projeto editorial e a Coleção Cadernos do Povo Brasileiro, promovida pela Civilização Brasileira de 1962 a 1964, busca-se abordar a luta ideológica no contexto que envolveu o Golpe de 1964, suas reverberações no mercado editorial brasileiro do período e, mais especificamente, na atuação de dois proeminentes editores: Ênio Silveira e Octalles Marcondes Ferreira.
Downloads
Referências
DJUROVIC, C. A. Impressões da direita: luta ideológica e mobilização empresarial através da ação editorial do Ipês (1961-1964). Dissertação de mestrado. São Paulo, FFLCH/USP, 2021.
DJUROVIC, C. A. “O tradutor veste farda”. Blog-revista da GLAC. 17/nov./2020. Disponível em: https://www.glacedicoes.com/post/o-tradutor-veste-farda-camila-djurovic
DREIFUSS, R. A. 1964: a conquista do Estado – ação política, poder e golpe de classe. Petrópolis, Vozes, 1981.
GORENDER, J. A burguesia brasileira. São Paulo, Brasiliense, 1983.
HALLEWELL, L. O livro no Brasil: sua história. São Paulo, Edusp, 2012.
INFILTRAÇÃO comunista no Brasil. Cadernos Nacionalistas, n. 1. Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais, 1964.
INSTITUTO DE PESQUISAS E ESTUDOS SOCIAIS. Relatório de atividades do Ipês/GB. Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1964a.
INSTITUTO DE PESQUISAS E ESTUDOS SOCIAIS. Relatório do Ipês – 1964. Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1964b.
LOVATTO, A. “Um projeto de revolução brasileira no pré-1964: os Cadernos do Povo Brasileiro”, in M. M. Deaecto; J.-Y. Mollier (orgs.). Edição e revolução: leituras comunistas no Brasil e na França. São Paulo/Belo Horizonte, Ateliê Editorial/Editora UFMG, 2013.
OLIVEIRA, L. de. Guerra Fria e política editorial: a trajetória das Edições GRD e a campanha anticomunista dos Estados Unidos no Brasil (1956-1968). Maringá, Eduem, 2015.
RAVINES, E. Estratégia e táticas comunistas para a América Latina. Cadernos Nacionalistas, n. 6. Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais, 1965.
REIMÃO, S. Mercado editorial brasileiro [recurso eletrônico]. São Paulo, ECA-USP, 2018.
ROEPKE, W. Como lidar com os comunistas. Cadernos Nacionalistas, n. 3. Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais, 1964.
SCHWARZ, R. “Cultura e política, 1964-1969”, in Cultura e Política. 3ª ed. São Paulo, Paz e Terra, 2009.
SETZER, J. O árduo caminho da reforma agrária. Cadernos Nacionalistas, n. 4. Rio de Janeiro. Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais, 1964.
SILVA, A. C. P. e. Reforma universitária. Cadernos Nacionalistas, n. 5. Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais, 1965.
SILVA, L. N. da. Editoras e ciências sociais no Brasil: a Zahar Editores e a emergência das ciências sociais como gênero editorial (1957-1984). Tese de doutorado. Rio de Janeiro, Instituto de Estudos Sociais e Políticos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2019.
TOLEDO, C. N. de. “1964: golpismo e democracia. As falácias do revisionismo”. Crítica Marxista, v. 1, n. 19. São Paulo, Revan, 2004.
VIEIRA, L. R. “Ênio Silveira e a civilização brasileira: notas para uma sociologia do mercado editorial no Brasil”. Revista de Biblioteconomia de Brasília, v. 20, n. 2, jul.- de z . /1996.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista USP
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
|
Pertence à revista. Uma vez publicado o artigo, os direitos passam a ser da revista, sendo proibida a reprodução e a inclusão de trechos sem a permissão do editor. |
