Hyperhomocyst(e)inemia in chronic stable renal transplant patients

Autores

  • David José de Barros Machado University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Division of Urology
  • Flávio Jota de Paula University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Division of Urology
  • Emil Sabbaga University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Division of Urology
  • Luiz Estevan Ianhez University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Division of Urology

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0041-87812000000500002

Palavras-chave:

Homocisteína, Transplante renal, Ciclosporina, Azatioprina, Prednisona

Resumo

OBJETIVOS: A hiper-homocisteinemia é um fator de risco importante para aterosclerose e, esta é uma das principais causas de óbito em transplantados renais. O objetivo deste estudo é avaliar a influência da terapêutica imunossupressora na homocisteinemia de receptores de transplante renal. CASUÍSTICA E MÉTODO: Vinte e nove pacientes foram divididos em dois grupos: grupo I (n=20) - pacientes transplantados renais em uso de ciclosporina, azatioprina e prednisona; grupo II (n=9) - pacientes transplantados renais em uso de azatioprina e prednisona; grupo III (n=7) doadores de rim para pacientes dos grupos I e II, constituíram o grupo controle. O nível sérico de creatinina e o clearance estimado de creatinina, o nível sérico de ciclosporina, o perfil de lipídeos, a concentração de ácido fólico e vitamina B12 e as características clínicas dos indivíduos foram avaliados na procura de determinantes da homocisteinemia. A concentração sérica de homocisteína foi medida através da cromatografia de alta resolução e a concentração de ácido fólico e vitamina B12 por radio-imunoensaio. RESULTADOS: Os pacientes tinham 48.8 ± 15.1 aa e 43.3 ± 11.3 aa respectivamente, nos grupos I e II e os doadores 46.5 ± 14.8 aa. A homocisteinemia sérica média dos pacientes transplantados renais foi de 18.07 ± 8.29 mmol/l. No grupo de pacientes em uso de ciclosporina foi de 16.55 ± 5.6 mmol/l e no grupo sem ciclosporina foi de 21.44 ± 12.1 mmol/l (NS). No grupo de doadores foi significativamente menor (9.07 ± 3.06 mmol/l; grupo I + grupo II vs. grupo III, p<0.008), não tendo sido encontrado nenhum caso de hiper-homocisteinemia. Houve correlação entre idade (r=0.427; p<0.005), peso corpóreo (r=0.412; p<0.05), creatinina sérica (r=0.427; p<0.05), clearance estimado de creatinina (r=0.316; p<0.10) e tHcy nos pacientes transplantados renais. Porém no modelo de regressão múltipla, só foram significativos idade (coeficiente = 0.253; p=0.009) e creatinina sérica (coeficiente =8.07; p=0.045). No grupo de transplantados renais encontramos 38% de casos com hiper-homocist(e)inemia sendo sete casos (35%) do grupo I e quatro casos (45%) do grupo II, baseado nos níveis séricos normais. CONCLUSÕES: Os pacientes transplantados renais apresentam hiper-homocisteinemia independente do esquema de imunossupressão que estejam utilizando. A hiper-homocisteinemia após o transplante renal tem como determinantes a idade do receptor e o seu nível de creatinina sérica.

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Publicado

2000-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Machado, D. J. de B., Paula, F. J. de, Sabbaga, E., & Ianhez, L. E. (2000). Hyperhomocyst(e)inemia in chronic stable renal transplant patients . Revista Do Hospital Das Clínicas, 55(5), 161-168. https://doi.org/10.1590/S0041-87812000000500002