Ciclo evolutivo do Trypanosoma cruzi (cepa Y) no camundongo branco (mus musculus. L)

Autores/as

  • Pedro Luiz Silva Pinto Adolfo Lutz Institute; Departments of Pathology and Gastroenterology
  • Roberto Takami University of São Paulo; School of Medicine
  • Elizabeth V. Nunes University of São Paulo; School of Medicine
  • Carmem S. Guilherme University of São Paulo; School of Medicine
  • Oswaldo Cruz Oliveira Jr. University of São Paulo; School of Medicine
  • Joaquim Gama-Rodrigues Institute of Tropical Medicine
  • Masayuki Okumura Institute of Tropical Medicine

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0041-87811999000500002

Palabras clave:

Trypanosoma cr, Hematopi, Formas jovens T. cr

Resumen

Desde 1958, nós estudamos a doença de Chagas experimental, inoculando 1.000 formas sanguicolas de Trypanosoma cruzi, Chagas-1909, (cepa Y) por via sub-cutânea em camundongos Balb/C, que manteve uma constância na evolução da parasitemia, iniciando no quinto e sexto dia de moléstia, aumentando progressivamente, atingindo o máximo ao redor do vigésimo, diminuindo a seguir até atingir o mínimo no final do trigésimo dia e desaparecimento do sangue circulante (pelo exame direto a fresco entre lâmina e lamínula ou pela contagem na Câmara de Neubauer) depois do terceiro mês, coincidindo com o aparecimento de ninhos de amastigotas nos tecidos, principalmente do cardíaco a partir da primeira semana, acompanhando a curva parasitêmica, porém não evoluindo paralelamente até a fase crônica. Em 1997, começamos a verificar alteração no seu comportamento, pois, os parasitos surgiram no sangue circulante na primeira semana e a partir do sétimo dia desapareceram, coincidindo com a ausência de ninhos de amastigotas nos tecidos. Num estudo minucioso, verificamos que começaram a aparecer formas jovens do ciclo evolutivo do T.cruzi (epi + amastigotas) ao lado de tripomastigotas na corrente sanguínea no quinto e sétimo dia da inoculação, coincidindo com formas arredondadas, ovaladas e fusiformes circulando pelos capilares e sinusóides dos tecidos, principalmente dos órgãos hematopoiéticos. É interessante frisar, que os parasitos circulantes, devido ao seu diâmetro ser maior que o dos vasos sanguíneos, provocam estáse a montante, tornando-os mais visíveis. Examinando a medula óssea esternal, encontramos as formas jovens alongadas, outras truncadas em forma de C ocupando a superfície interna dos glóbulos , com a parte central vazia, dando a impressão de ser eritrócitos parasitados ao lado de formas circulares, ovais, alongadas e fusiformes que assumem vários aspectos, como de peixes, anfíbios (girino), répteis, aves e até de mamíferos. Estará acontecendo uma perda da virulência ou uma mutação da cepa Y do Trypanosoma cruzi?

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Publicado

1999-10-01

Número

Sección

Original Articles

Cómo citar

Pinto, P. L. S., Takami, R., Nunes, E. V., Guilherme, C. S., Oliveira Jr., O. C., Gama-Rodrigues, J., & Okumura, M. (1999). Ciclo evolutivo do Trypanosoma cruzi (cepa Y) no camundongo branco (mus musculus. L) . Revista Do Hospital Das Clínicas, 54(5), 141-146. https://doi.org/10.1590/S0041-87811999000500002