O uso da técnica da osteoperiosteoplastia em amputações transtibiais

Autores

  • Auro Mitsuo Okamoto University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Orthopaedics and Traumatology
  • Roberto Guarniero University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Orthopaedics and Traumatology
  • Rafael Ferreira Coelho University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Orthopaedics and Traumatology
  • Fabricio Ferreira Coelho University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Orthopaedics and Traumatology
  • André Pedrinelli University of São Paulo; Faculty of Medicine; Hospital das Clínicas; Department of Orthopaedics and Traumatology

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0041-87812000000400003

Palavras-chave:

Amputa, Membro Infer, Técnicas operatór, Reabilita, Estudos Prospecti

Resumo

OBJETIVO: Descrever a técnica da osteoperiosteoplastia em adultos e apresentar a variação para a utilização em crianças, procurando demonstrar sua aplicabilidade como opção nas amputações transtibiais eletivas. CASUÍSTICA E MÉTODOS: O artigo apresenta um estudo prospectivo de 15 amputações transtibiais realizadas entre 1992 e 1995 em que se utilizou a técnica da osteoperiosteoplastia. A idade dos pacientes variou de 8 a 48 anos, com média de 22,53 anos. A técnica consistiu na confecção de um cilindro de periósteo retirado da tíbia, contendo fragmentos de osso cortical presos ao mesmo, para promover uma sinostose tibiofibular na extremidade distal do coto de amputação. Observou-se que os fragmentos de osso cortical eram dispensáveis quando a técnica foi empregada em crianças, pela maior capacidade osteogênica do periósteo. Isto levou a uma variação da técnica original, que consiste numa periosteoplastia sem a utilização de fragmentos de osso cortical. RESULTADOS: O tempo médio despendido com a técnica, sem variação significativa entre adultos e crianças, foi de 171 minutos. A adaptação da prótese definitiva dos pacientes foi obtida entre 20 e 576 dias, com média de 180 dias. Revisões da técnica empregada foram necessárias em três amputações (20%). CONCLUSÃO: A técnica encontra aplicação nas amputações transtibiais em que o comprimento final do coto seja próximo da transição musculotendínea do gastrocnêmio e nas revisões de cotos de amputação de crianças onde a técnica mostrou ser efetiva na prevenção das lesões decorrentes do excessivo crescimento ósseo.

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Publicado

2000-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Okamoto, A. M., Guarniero, R., Coelho, R. F., Coelho, F. F., & Pedrinelli, A. (2000). O uso da técnica da osteoperiosteoplastia em amputações transtibiais . Revista Do Hospital Das Clínicas, 55(4), 121-128. https://doi.org/10.1590/S0041-87812000000400003