Project and antiproject for democracy in Brazil: the antagonism between Gilberto Freyre and Florestan Fernandes

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v1i85p37-54

Keywords:

Colonization, Revolution, Democracy

Abstract

This paper contrasts the works of Gilberto Freyre and Florestan Fernandes as antagonistic social proposals for Brazil. On the one hand, Freyre’s patriarchal project, grounded on the arbitrariness of the heirs of slave maters, skewed the meaning of democracy. On the other hand, Florestan identified in colonization the foundations of the antisocial order and the social dilemmas that must be overcome so that the people, especially the black people, emerge as protagonists of a process against the bourgeois order.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Gustavo Zullo, Universidade Estadual de Campinas

    Gustavo Zullo é doutor em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

References

ANDREWS, George. Negros e brancos em São Paulo (1888-1988). Bauru: Edusc, 1998.

ARAÚJO, Ariella. A incorporação do negro no mercado de trabalho: um estudo de 1930 a 1945. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). Faculdade de Ciências e Letras, Unesp, Araraquara, 2013.

BARBOSA, Alexandre. A formação do mercado de trabalho no Brasil. São Paulo: Alameda, 2008.

BASTIDE, Roger; FERNANDES, Florestan. Brancos e negros em São Paulo: ensaio sociológico sobre aspectos da formação, manifestações atuais e efeitos do preconceito de cor na sociedade paulistana. São Paulo: Global, 2008.

BASTOS, Elide Rugai. As criaturas de prometeu: Gilberto Freyre e a formação da sociedade brasileira. São Paulo: Global; Recife: Fundação Gilberto Freyre, 2006.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Ato Institucional N. 5, de 13 de dezembro de 1968. São mantidas a Constituição de 24 de janeiro de 1967 e as Constituições Estaduais; O Presidente da República poderá decretar a intervenção nos estados e municípios, sem as limitações previstas na Constituição, suspender os direitos políticos de quaisquer cidadãos pelo prazo de 10 anos e cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ait/ait-05-68.htm. Acesso em: maio 2023.

BRASIL PARALELO. Rasta visita a casa de Gilberto Freyre | Brasil Raiz. (5 min.). 8 jan. 2023. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8fmmWjpnS_I. Acesso em: 17 jan. 2023.

BOITO JR., Armando. Sindicalismo de Estado no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1991.

BURKE, Edmund. Reflexões sobre a revolução em França. Brasília: Editora da UnB, 1982.

CRESPO, Regina. Gilberto Freyre e suas relações com o mundo cultural hispânico. In: KOSMINSKY, Ehtel; LÉPINE. Claude; PEIXOTO, Fernanda. Gilberto Freyre em quatro tempos. Bauru: Edusc, 2003, p. 181-204.

DIETRICH, Ana Maria. Nazismo Tropical? O Partido Nazista no Brasil. São Paulo: Todas as Musas, 2012.

FANON, Frantz. Racismo e cultura. Niterói, Revista Convergência Crítica, n. 13, 2018, p. 78-90. Disponível em: https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/38512/22083. Acesso em: 17 jan. 2023.

FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.

FERNANDES, Florestan. Introdução. In: MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Flama, 1946, p. 7-28.

FERNANDES, Florestan. A sociologia numa era de revolução social. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1963.

FERNANDES, Florestan. Poder e contrapoder na América Latina. Rio de Janeiro: Zahar, 1981a.

FERNANDES, Florestan. O que é revolução?. São Paulo: Brasiliense, 1981b.

FERNANDES, Florestan. O PT em movimento: contribuição ao I Congresso do Partido dos Trabalhadores. São Paulo: Cortez, 1991.

FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. São Paulo: Editora Globo, 2005.

FERNANDES, Florestan. O negro no mundo dos brancos. São Paulo: Global, 2007.

FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: Editora Globo, 2008a. 2 v.

FERNANDES, Florestan. Sociedade de classes e subdesenvolvimento. São Paulo: Global, 2008b.

FERNANDES, Florestan. Circuito fechado: quatro ensaios sobre o “poder institucional”. São Paulo: Editora Globo, 2010.

FOUCAULT, Michael. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1976.

FOUCAULT, Michael. Nascimento da biopolítica: curso no Collège de France (1975-1976). São Paulo: Martins Fontes, 2008.

FREYRE, Gilberto. Nordeste: aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem do Nordeste brasileiro. São Paulo: Global, 2004a.

FREYRE, Gilberto. Ordem e progresso – o processo de desintegração das sociedades patriarcal e semipatriarcal no Brasil sob o regime de trabalho livre: aspectos de um quase meio século de transição do trabalho escravo para o trabalho livre e da Monarquia para a República – 3. São Paulo: Global, 2004b.

FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala – formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. Apresentação de Fernando Henrique Cardoso. 51.ed. rev. São Paulo: Global, 2006a. (Introdução à história da sociedade patriarcal no Brasil; 1).

FREYRE, Gilberto. Sobrados e mucambos – decadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano: introdução à história da sociedade patriarcal no Brasil – 2. São Paulo: Global, 2006b.

FURTADO, Celso. A operação Nordeste. Rio de Janeiro: MEC/Iseb, 1959.

FURTADO, Celso. A pré-revolução brasileira. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1962.

GOMES, Angela de Castro. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1994.

HAAG, Carlos. Revolução cultural à brasileira. Pesquisa Fapesp, edição 206, abr. 2013. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/revolucao-cultural-a-brasileira. Acesso em: 22 dez. 2022.

HIRANO, Sedi. (1972). Castas, estamentos e classes sociais: introdução ao pensamento sociológico de Marx e Weber. Campinas: Editora da Unicamp, 2002.

HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos: o breve século XX – 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

LIMA, Luiz Costa. A versão solar do patriarcalismo: casa-grande & senzala. In: LIMA, Luiz Costa. A aguarrás do tempo. Rio de Janeiro: Rocco, 1989, p. 187-236.

MARX, Karl. Salário, preço e lucro. São Paulo: Centauro, 2005.

MESQUITA, Gustavo. Gilberto Freyre e o Estado Novo: região, nação e modernidade. São Paulo: Global; Recife: Fundação Gilberto Freyre, 2018.

MOURA, Clóvis. Rebeliões da senzala: quilombos, insurreições, guerrilhas. São Paulo: Zumbi, 1959.

NASCIMENTO, Abdias; NASCIMENTO, Elisa. Reflexões sobre o movimento negro no Brasil, 1938-1997. In: GUIMARÃES, Antonio; HUNTLEY, Lynn. Tirando a máscara: ensaios sobre o racismo no Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 2000, p. 203-235.

OLIVEIRA, Nathália Fernandes de. A repressão policial às religiões de matriz afro-brasileiras no Estado Novo (1937-1945). Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em História Social, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2015.

PINHEIRO, Paulo Sérgio; HALL, Michael. A classe operária no Brasil: documentos (1889-1930). Volumes 1 e 2. São Paulo: Alfa-ômega, 1979.

PONTES, Heloisa. Entrevista com Antonio Candido. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 16, n. 47, out. 2001, p. 5- 30. https://doi.org/10.1590/S0102-69092001000300001.

PRADO Jr., Caio. (1966). A revolução brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1987.

RANIERI, Jesus. Introdução. In: MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.

RICUPERO, Bernardo. O conservadorismo difícil. In: FERREIRA, Gabriela; BOTELHO, André. Revisão do pensamento conservador: ideias e política no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2010, p. 76-95.

RIDENTI, Marcelo. Artistas e intelectuais comunistas no auge da Guerra Fria. In: RIDENTI, Marcelo. Brasilidade revo¬lucionária: um século de cultura e política. São Paulo: Unesp, 2010, p. 57-83.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil, 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

SCHWARCZ, Lilia. A dialética do isso. Ou a ladainha da democracia racial. Nexo, 16 de julho, 2018. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/colunistas/2018/A-dial%C3%A9tica-do-isso.-Ou-a-ladainha-da-democracia-racial. Acesso em: 9 jan. 2023.

SODRÉ, Nelson Werneck. Sociologia do golpe. Última Hora, n. 1.503, 10 de maio de 1956, p. 22. Disponível em: http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=386030&pagfis=30231. Acesso em: 22 dez. 2022.

SODRÉ, Nelson Werneck. A ideologia do colonialismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1958.

SODRÉ, Nelson Werneck. A Coluna Prestes: análises e depoimentos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

STERNHELL, Zeev. Les anti-Lumières: du XVIIIe siècle à la guerre froide. Paris: Fayard, 2006.

STREAPCO, João Paulo França. “Cego é aquele que só vê a bola”: o futebol em São Paulo e a formação das principais equipes paulistanas: S. C. Corinthians Paulista, S. E. Palmeiras e São Paulo F. C. (1894-1942). Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em História Social, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 2010.

ZULLO, Gustavo. A questão salarial revisitada: exército industrial de reserva e heterogeneidade estrutural. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico, Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas, 2014.

ZULLO, Gustavo. Heterogeneidade estrutural como expressão periférica da lei geral de acumulação capitalista aplicada à análise do mercado de trabalho brasileiro, 1980-2010. In: ENCUENTRO DE LA SOCIEDAD LATINOAMERICANA DE ECONOMÍA POLÍTICA Y PENSAMIENTO CRÍTICO (SEPLA). Diez años de SEPLA-México: Crisis y desafíos para la clase trabajadora en Nuestra América. Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), Facultad de Economía. Ciudad de México, 14-16 de Octubre de 2015.

ZULLO, Gustavo. O sentido histórico da discussão sobre a democracia racial no Brasil (1930-1964). Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico, Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas, 2019.

ZULLO, Gustavo; URBANO, Ulisses. Continuidades e modernização entre Oliveira Vianna e Gilberto Freyre. Lua Nova, São Paulo, n. 116, 2022, p. 165-196.

Published

2023-08-30

Issue

Section

Articles

How to Cite

Zullo, G. (2023). Project and antiproject for democracy in Brazil: the antagonism between Gilberto Freyre and Florestan Fernandes. Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 1(85), 37-54. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v1i85p37-54