La lógica de la favela y el proyecto: el caso de Parque Royal, RJ
DOI:
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2024.214072Palabras clave:
Programas públicos, Proyecto urbano, Favela, Asentamientos precarios, Proceso de urbanizaciónResumen
Este artículo discute el papel del proyecto en el proceso de mejoramiento de las favelas, tomando como caso de estudio la favela Parque Royal, en Río de Janeiro, urbanizada en la década de 1990 por el programa Favela Bairro. Se observa que las transformaciones en el territorio, que ocurren al margen del proyecto y de la reglamentación urbana, comprometen la calidad del ambiente urbano resultante. Se verifica la expansión de la ocupación, la construcción y densificación poblacional, la (re)ocupación de espacios públicos y de preservación. Se concluye que el control urbano público es frágil frente a la lógica de la favela, la dinámica del mercado informal y las acciones de los agentes que controlan el territorio. Se argumenta que el proyecto, al asumir la lógica de la favela como una realidad, y no como un problema a controlar, podría contribuir a la formulación de pactos y a la construcción de una gestión compartida destinada a garantizar la calidad de las mejorías urbanas resultantes de los proyectos.
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