Lesão de pele relacionada a adesivo médico em paciente com câncer: coorte prospectiva
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.5227.3500Palavras-chave:
Enfermagem, Unidades de Terapia Intensiva, Oncologia, Ferimentos e Lesões, Incidência, Segurança do PacienteResumo
Objetivo: estimar a incidência de lesão de pele relacionada a adesivo médico em região de fixação de cateter venoso periférico em pacientes oncológicos críticos, identificar fatores de risco e estabelecer modelo de predição de risco para o seu desenvolvimento. Método: coorte prospectiva com amostra de 100 pacientes adultos e idosos internados em unidade de terapia intensiva. Os dados foram analisados por estatística descritiva, bivariada e multivariada com regressão de Cox. Resultados: a incidência da lesão de pele relacionada a adesivo médico foi de 31,0% e a densidade de incidência foi de 3,4 casos por 100 pessoas-dia. Os fatores de risco foram: etilismo, tabagismo, internação por trombose venosa profunda, insuficiência respiratória aguda, pós-operatório imediato, cardiopatia, dislipidemia, uso de antiarrítmico, hemotransfusão, lesão por fricção, lesão por pressão, turgor, edema, hematoma, petéquias, valores baixos na escala de Braden, gravidade clínica do paciente, elasticidade, umidade, textura e coloração. Compuseram o modelo preditivo: turgor de pele diminuído, presença de hematomas e edema. Conclusão: a lesão de pele relacionada a adesivo médico em sítio de inserção de cateter venoso periférico tem elevada incidência em pacientes oncológicos críticos e está associada ao turgor diminuído, presença de hematoma e edema, evidências essas que podem embasar a prática clínica.
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