Fatores de risco para o consumo prejudicial de álcool: análise multinível
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.7763.4687Palavras-chave:
Saúde; Prevalência; Saúde Mental; Atenção Primária à Saúde; Transtornos Induzidos por Álcool; Usuários de DrogasResumo
Objetivo: identificar a prevalência dos padrões de consumo de álcool entre usuários da Atenção Primária à Saúde e a associação entre os padrões de consumo de risco, nocivo e provável dependência, com características sociodemográficas, clínicas e comportamentais. Método: estudo transversal, realizado com uma amostra de 2178 participantes que responderam o Alcohol Use Disorders Identification Test, em serviços de Atenção Primária à Saúde do município de São Paulo. Realizou-se análise estatística descritiva e inferencial múltipla com modelo hierarquizado de regressão de Poisson com nível de significância de 5%. Resultados: do total de participantes, 18,9% preencheram critérios para consumo prejudicial de álcool. Foram determinantes para o consumo de risco e nocivo de álcool o sexo masculino (RP = 1,89; IC95% 1,57 - 2,28; p < 0,001), raça/cor preta (RP = 1,65; IC95% 1,30 - 2,10; p < 0,001) e renda ≥ 10 salários-mínimos (RP = 1,78; IC95% 1,07 – 2,99; p = 0,028). Para a provável dependência foram determinantes menor nível de escolaridade (RP = 13,70; IC95% 1,56 – 117,63; p = 0,017) e referir ter diagnóstico de depressão (RP = 2,72; IC95% 1,37 – 5,41; p = 0,005). Conclusão: a prevalência de transtornos por consumo de álcool entre usuários dos serviços de atenção primária à saúde de São Paulo mostrou-se maior do que observada em estudos prévios, sugerindo que essa parcela da população busca atendimento de saúde nesses serviços, destacando a potencialidade na triagem e diagnóstico precoce da população.
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