Análise da influência da pandemia de COVID-19 na tendência da mortalidade materna, 2011-2021
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.7559.4669Palavras-chave:
Morte Materna; COVID-19; Saúde Materna; Obstetrícia; Métodos Epidemiológicos; Sistema de Vigilância em SaúdeResumo
Objetivo: analisar a tendência temporal da mortalidade materna antes e durante a pandemia de COVID-19. Método: estudo ecológico de séries temporais, realizado no estado de São Paulo e em seus dezessete Departamentos Regionais de Saúde. Foram coletados dados secundários disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Variáveis do estudo: razão de mortalidade materna total, direta e indireta. A análise foi realizada pelo modelo de regressão segmentada. Resultados: a tendência da razão de mortalidade materna foi estacionária entre 2011-2019, seguida de crescimento de 25,6% entre 2019-2021. A morte por causa direta teve uma tendência de crescimento de 7,2% no período 2011-2017 e uma tendência estacionária em 2017-2021. A razão de mortalidade por causa indireta foi estacionária entre 2011-2019, seguida de crescimento de 70,5% no período de 2019-2021. As regionais da Grande São Paulo, de Araçatuba, Bauru, Campinas, Presidente Prudente, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Sorocaba apresentaram tendência de crescimento da morte materna entre 2011 e 2021. Conclusão: a pandemia de COVID-19 influenciou severamente no aumento da morte materna, especialmente por causas indiretas, sendo 2021 o pior ano da série histórica. Evidenciou-se resultados importantes para auxiliar na organização de estratégias de redução da morte materna, direcionando-as para as regiões prioritárias.
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