Fatores psicossociais e Síndrome de Burnout entre os profissionais dos serviços de saúde mental
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.4175.3336Palavras-chave:
Estresse Ocupacional, Esgotamento Profissional, Saúde Mental, Profissionais da Saúde, Autonomia Profissional, Apoio SocialResumo
Objetivo: identificar os fatores biopsicossociais no trabalho associados à Síndrome de Burnout em profissionais da saúde mental. Método: estudo transversal de abordagem quantitativa de uma amostra de 293 trabalhadores dos serviços de saúde de mental da rede pública de um município, no interior do estado de São Paulo, Brasil. Foi aplicado um instrumento composto por três questionários de autopreenchimento: formulário com dados biossociais, a escala Job Stress Scale (JSS) e o Maslach Burnout Inventory (MBI- HSS). Os dados foram analisados por meio da aplicação dos testes Qui-Quadrado e regressão logística, adotando-se um nível de significância de 5%. Resultados: a prevalência da Síndrome de Burnout foi de 7% com predomínio de profissionais da enfermagem, estando associada ao setor de trabalho, ao uso de psicofármacos, à baixa satisfação com a chefia e ao baixo controle sobre a atividade de trabalho. Entre os profissionais com Síndrome de Burnout, doze desempenhavam funções consideradas de alto desgaste, seis exerciam trabalho passivo e dois estavam em atividade de baixo desgaste. Conclusão: o baixo controle foi o principal fator psicossocial no trabalho associado à Síndrome de Burnout, tornando-se necessário o desenvolvimento de ações que promovam a autonomia do trabalhador e a melhoria da gestão dos fatores psicossociais desencadeantes de estresse.
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