Do imaginário normativo a realidade da Rede de Atenção às Urgências
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v48i6p557-572Palavras-chave:
Socorro de Urgência. Ambulâncias. Unidades Móveis de Emergência. Sistema Médico de Emergência. Tratamento de Emergência. SAMUResumo
Modelo do estudo: estudo de caso. Objetivo: analisar a Rede de Atenção às Urgências sob a ótica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) Metropolitano do Recife. Material e Método: estudo de caso com múltiplas unidades de análise. O caso foi o SAMU Metropolitano do Recife e as unidades de análise foram os componentes: promoção, prevenção à saúde e vigilância; organização e governança da rede. Optou-se pela triangulação de métodos e de fontes, utilizando entrevista semiestruturada com 57 profissionais que atuavam nesse serviço; observação direta e documentos oficiais (banco de dados, portarias e relatórios). Para a análise dos dados qualitativos utilizou-se a técnica de condensação de significados e para os quantitativos, a frequência média dos eventos. Resultados: O perfil dos profissionais entrevistados mostra que 53% era do sexo masculino, 65% graduados há menos de 12 anos, um pouco mais da metade atuava no SAMU há menos de 2 anos e 77% tinham vínculo empregatício temporários por meio de contratos com as prefeituras. Segundo os entrevistados há estratégias de promoção e prevenção, mas, não conseguem visualizar mudanças no perfil epidemiológico e demográfico como resultado da implantação dessas estratégias. Existe uma distribuição inadequada dos equipamentos de saúde; baixa cobertura populacional dos pontos de atenção à saúde (50% de cobertura de PSF/ESF e déficit de 3.089 leitos hospitalares do SUS) e, falta de coordenação do comitê gestor estadual regional do sistema de atenção as urgências pela Secretaria do Estado de Pernambuco. Conclusão: A falta de gestão de informação dos atendimentos na área de urgência e das estratégias de promoção e prevenção gera descontinuidade no processo de vigilância, corroborada pelas falhas de comunicação em toda a rede de assistência do SAMU, gerando déficit de cobertura populacional e inadequação dos pontos de saúde frente à legislação vigente. A falta de integração dos serviços, a dificuldade de acesso e de continuidade ao tratamento demonstra a inadequada governança da rede de assistência às urgênciasDownloads
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Publicado
2015-12-20
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Como Citar
1.
Almeida AC, Gusmão Filho FAR, Caldas Junior AF, Vidal SA, Campello RIC. Do imaginário normativo a realidade da Rede de Atenção às Urgências. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 20º de dezembro de 2015 [citado 7º de outubro de 2024];48(6):557-72. Disponível em: https://revistas.usp.br/rmrp/article/view/114919