Fatores associados à mortalidade de pacientes com enterobactéria resistente aos carbapenêmicos

Autores

  • Sara C. S. Souza Universidade Estadual de Londrina
  • Danilo F. da Silva Universidade Estadual de Maringá
  • Renata A. Belei Universidade Estadual de Maringá
  • Cláudia M. D. de M. Carrilho Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v49i2p109-115

Palavras-chave:

Enterobacteriaceae. Infecção Hospitalar. Controle de Risco. Resistência a Medicamentos

Resumo

As Enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos (ERC) tornaram-se uma grave ameaça à saúde pública. Devido à produção de enzimas como a Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), essas bactérias desenvolveram uma alta taxa de resistência e elevada mortalidade aos pacientes infectados. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi analisar os fatores associados à mortalidade de pacientes com ERC. Foi avaliado o histórico de 591 pacientes que apresentaram cultura positiva para bactérias resistentes aos carbapenêmicos internados no período entre Janeiro de 2012 e Julho de 2013. Os fatores associados à mortalidade dos pacientes com ERC foram: sexo, faixa etária, sítio de isolamento do microrganismo, unidade e tempo de internação, e característica clínica (infectados e colonizados). A normalidade dos dados foi testada pelo teste de Shapiro-Wilk. Os dados foram apresentados em mediana (amplitude interquartílica). As associações foram feitas por meio do teste Qui-quadrado 2x2 e Quiquadrado de tendência. O nível de significância foi pré-estabelecido em P<0,05. O aumento da idade se associou com maior frequência de óbitos. Os sítios de isolamento: secreção traqueal e sangue foram os mais frequentes em pacientes que evoluíram a óbito. A internação em UTI também se associou com óbitos em pacientes com ERC, bem como um maior tempo de internação e a característica clínica de infectado. Por outro lado, sexo não foi um fator associado à mortalidade dos pacientes. Em conclusão, o presente estudo demonstrou haver associação entre faixa etária, sítio de isolamento do microrganismo, unidade e tempo de internação e característica clínica com a mortalidade de pacientes com ERC. Sugere-se que futuros estudos investiguem as mudanças na prevalência de casos de colonização e infecção por ERC em hospitais universitários e possam estabelecer estratégias de prevenção e controle

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Biografia do Autor

  • Sara C. S. Souza, Universidade Estadual de Londrina
    Graduanda em medicina e monitora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) - Universidade Estadual de Londrina
  • Danilo F. da Silva, Universidade Estadual de Maringá
    Aluno de doutorado em Educação Física – Universidade Estadual de Maringá
  • Renata A. Belei, Universidade Estadual de Maringá
    Enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) – UEL
  • Cláudia M. D. de M. Carrilho, Universidade Estadual de Maringá
    Docente do Departamento de Clínica Médica e médica responsável pela Comissão de Infecção Hospitalar (CCIH) – UEL

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Publicado

2016-04-02

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Souza SCS, Silva DF da, Belei RA, Carrilho CMD de M. Fatores associados à mortalidade de pacientes com enterobactéria resistente aos carbapenêmicos. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 2º de abril de 2016 [citado 7º de outubro de 2024];49(2):109-15. Disponível em: https://revistas.usp.br/rmrp/article/view/118394