Avaliação da perfusão tecidual no choque

Autores

  • Eliézer Silva Universidade de Santo Amaro
  • Alejandra Gallardo Garrido
  • Murillo S. C. Assunção

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v34i1p27-35

Palavras-chave:

Choque. Perfusão Tecidual. Tonometria. Lactato. Transferência de Oxigênio.

Resumo

Apesar das diversas inovações tecnológicas e do melhor entendimento fisiopatológico dos estados de choque, esta condição permanece com elevada taxa de morbimortalidade. Uma das explicações mais aceitas para a taxa elevada é o desenvolvimento da síndrome de disfunção de múltiplos órgãos (SDMO), secundária à hipoperfusão tecidual persistente. Assim, é evidente a importância da avaliação da perfusão tecidual em tais quadros, bem como possíveis interferências terapêuticas a partir da avaliação. Nesta revisão, são abordadas noções básicas sobre a monitorização clínica e laboratorial da perfusão tecidual no choque, incluindo transporte de O2, consumo e taxa de extração de O2 saturação venosa mista de O2, lactato e gradiente gastroarterial de CO2. Tais dados são fundamentais para a correta interpretação e melhor intervenção terapêutica, visando adequar o desequilíbrio presente entre oferta/consumo de O2 e, desta forma, interromper a série de eventos fisiopatológicos que resulta em SDMO e, em muitas condições, em morte. Nesse contexto, algumas metas devem ser alcançadas durante a ressuscitação de pacientes com síndrome do choque, a saber: pressão arterial média > 65 mmHg; diurese ³ 1 ml/kg/hora; débito cardíaco suficiente para manter uma SvO2 >65%; lactato sérico < 2 mmol/L, destacando que, mesmo quando normalizadas as variáveis sistêmicas de oxigenação, graves distúrbios perfusionais regionais ainda podem existir, sendo necessário recorrer à monitorização regional através da avaliação do pCO2-gap.

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Biografia do Autor

  • Eliézer Silva, Universidade de Santo Amaro

     

    Mestre em Medicina Interna – Universidade Federal de Santa Catarina. Doutor em Medicina – Universidade Federal de São Paulo.Coordenador do Grupo de Suporte Hemodinâmico do Centro de Terapia Intensiva, do Hospital Israelita Albert Einstein. Médico Pesquisador da Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade Federal de São Paulo. Professor Titular da Disciplina de Clínica Médica da Universidade de Santo Amaro - São Paulo. 

     

     

  • Alejandra Gallardo Garrido

     

    Fellow do Centro de Terapia Intensiva, do Hospital Israelita Albert Einstein.

     

  • Murillo S. C. Assunção
    Fellow do Centro de Terapia Intensiva, do Hospital Israelita Albert Einstein

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Publicado

2001-03-30

Edição

Seção

Capítulos

Como Citar

1.
Silva E, Garrido AG, Assunção MSC. Avaliação da perfusão tecidual no choque. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 30º de março de 2001 [citado 1º de maio de 2024];34(1):27-35. Disponível em: https://revistas.usp.br/rmrp/article/view/1191