Análise do acesso e acolhimento entre os resultados do PMAQ-AB e a satisfação dos usuários do pronto atendimento: semelhanças e diferenças

Autores

  • Mariana Figueiredo Souza Gomide
  • Ione Carvalho Pinto Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública
  • Fabiana Costa Machado Zacharias Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Denise Ferro Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v50i1p29-38

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde. Satisfação do Usuário. Avaliação de Serviços de Saúde

Resumo

Objetivou-se identificar semelhanças e diferenças da satisfação do usuário com a Atenção Primária à Saúde (APS) nas dimensões de acesso e acolhimento a partir dos atendimentos não urgentes no ProntoAtendimento (PA) de Ribeirão Preto-SP com os resultados do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), cuja avaliação no município de Ribeirão Preto-SP percorreu em período concomitante. Estudo quantitativo realizado nas unidades de PA dos cinco Distritos de Saúde do município. Participaram do estudo 514 usuários que receberam ao menos um atendimento na APS nos seis meses que antecederam a pesquisa. Utilizou-se o intrumento EUROPEP - European Task Force on Patient Evaluation of General Practice Care e diário de campo como fontes de dados. Amparouse nos resultados das dimensões de acesso e acolhimento da avaliação do PMAQ para identificar semelhanças e diferenças entre o que os usuários do presente estudo reportaram. No recrutamento dos sujeitos percebeu-se que muitos não obtiveram atendimento médico na APS nos últimos seis meses justificando a dificuldade em conseguir vaga e quando adoecem e precisam procuram o PA. Tem-se que 12,7% foram atendidos no mesmo dia que procuraram a APS. Dos 87,3% que não foram atendidos no mesmo dia, o tempo médio de espera entre o dia do agendamento e o dia da consulta na APS foi 58 dias, 42,4% dos usuários responderam “ruim” sobre a facilidade em marcar uma consulta. Os resultados convergem com os resultados do PMAQ-AB que sinalizaram baixo desempenho para o acolhimento à demanda espontânea. Porém, a boa avaliação do PMAQ-AB no quesito agendamento de consultas divergiu com os resultados deste estudo em que foi constante a queixa pela demora no agendamento de consultas. Conclui-se que os usuários atendidos nos PAs em Ribeirão Preto-SP não reconhecem a APS como fonte regular de cuidado, o que pode interferir na não adesão a esses serviços de forma contínua, resultando na busca por serviços de urgência e emergência para tratar agravos que poderiam ser resolvidos na APS

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Biografia do Autor

  • Mariana Figueiredo Souza Gomide
    Enfermeira, doutora em Ciências pelo Programa de Enfermagem em Saúde Pública da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP)
  • Ione Carvalho Pinto, Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública
    Livre-Docente, Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública da EERP-USP
  • Fabiana Costa Machado Zacharias, Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
    Doutoranda em Ciências pelo Programa de Enfermagem em Saúde Pública da EERP-USP
  • Denise Ferro, Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
    Doutoranda em Ciências pelo Programa de Enfermagem em Saúde Pública da EERP-USP

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Publicado

2017-02-16

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Gomide MFS, Pinto IC, Zacharias FCM, Ferro D. Análise do acesso e acolhimento entre os resultados do PMAQ-AB e a satisfação dos usuários do pronto atendimento: semelhanças e diferenças. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 16º de fevereiro de 2017 [citado 26º de dezembro de 2024];50(1):29-38. Disponível em: https://revistas.usp.br/rmrp/article/view/135043