Câncer de mama metastático: aspectos clinicopatoló- gicos e sobrevida segundo o sítio de metástase

Autores

  • Igor Vilela Brum Universidade Federal de Juiz de Fora. Faculdade de Medicina
  • Maximiliano Ribeiro Guerra Universidade Federal de Juiz de Fora. Faculdade de Medicina. Departamento de Saúde Coletiva
  • Jane Rocha Duarte Cintra Universidade Presidente Antonio Carlos. Faculdade de Medicina
  • Maria Teresa Bustamante-Teixeira Universidade Federal de Juiz de Fora. Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v50i3p158-168

Palavras-chave:

Neoplasias da Mama. Metástase Neoplásica, Análise de Sobrevida. Prognóstico.

Resumo

Modelo do estudo: estudo de coorte retrospectivo. Objetivos: investigar aspectos clínicos, patológicos e sobrevida do câncer de mama metastático de acordo com o sítio acometido pela metástase, ósseo ou extraósseo. Metodologia: a população de estudo foi uma coorte de 124 mulheres com câncer de mama metastático atendidas em hospital de referência oncológica. A associação entre variáveis sociodemográficas, tumorais e relativas ao tratamento e o sítio de metástase foi verificada através do teste qui-quadrado e as funções de sobrevida foram estimadas pelo método de Kaplan-Meier. Resultados: verificou-se metástase óssea isolada em 26,6% das pacientes e metástase extraóssea isolada em 45,2%, sendo que o restante exibiu metástases em ambos os sítios. Entre as pacientes com metástase óssea isolada, 68,2% utilizaram hormonioterapia, em relação a 44,9% daquelas com metástase extraóssea (p=0,06); tumores com receptor de progesterona positivo foram observados em 63,6% e 43,3% das pacientes em cada grupo (óssea isolada versus extraóssea), respectivamente (p=0,09). A sobrevida global em cinco anos foi 38,5% (IC95%: 18,6-58,2) para as pacientes com metástase óssea isolada e 24,8% (IC95%: 15,2-35,7) para aquelas com metástase extraóssea. Já o tempo médio de sobrevida após o diagnóstico de metástase foi de 19,6 meses nos casos de metástase óssea isolada e 12,1 meses naqueles com envolvimento extraósseo. Conclusões: a presença de positividade hormonal e o uso de hormonioterapia parecem estar associados a maior ocorrência de metástase óssea isolada, que, por sua vez, sinaliza para maior tempo de sobrevida em relação à metástase extraóssea.

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Biografia do Autor

  • Igor Vilela Brum, Universidade Federal de Juiz de Fora. Faculdade de Medicina
    Graduando em Medicina. Programa de Bolsas de Iniciação Científica (BIC/UFJF). Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
  • Maximiliano Ribeiro Guerra, Universidade Federal de Juiz de Fora. Faculdade de Medicina. Departamento de Saúde Coletiva
    Professor Associado. Departamento de Saúde Coletiva. Faculdade de Medicina, UFJF. Inserm U900 / Institut Curie / PSL Research University, Paris, France / Mines ParisTech, Fontainebleau, France
  • Jane Rocha Duarte Cintra, Universidade Presidente Antonio Carlos. Faculdade de Medicina
    Médica Oncologista. Hospital 9 de Julho. Professora Titular da Faculdade de Medicina da Universidade Presidente Antonio Carlos (UNIPAC)
  • Maria Teresa Bustamante-Teixeira, Universidade Federal de Juiz de Fora. Faculdade de Medicina
    Professora Associada. Departamento de Saúde Coletiva. Faculdade de Medicina, UFJF

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Publicado

2017-06-08

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Brum IV, Guerra MR, Cintra JRD, Bustamante-Teixeira MT. Câncer de mama metastático: aspectos clinicopatoló- gicos e sobrevida segundo o sítio de metástase. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 8º de junho de 2017 [citado 27º de abril de 2024];50(3):158-6. Disponível em: https://revistas.usp.br/rmrp/article/view/139811