Hemoculturas em medicina interna: perfil de utilização e implicações clínicas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v50i4p255-260Palavras-chave:
Hemocultura. Sepse. Medicina Interna. Microbiologia.Resumo
Introdução: o uso excessivo de hemoculturas tem sido associado a aumento do tempo de internamento e de custos hospitalares. Adicionalmente, a literatura médica reporta taxas de positividade abaixo do esperado, levando à criação de índices de predição de positividade. Métodos: estudo prospectivo observacional conduzido numa enfermaria de Medicina Interna de um hospital terciário, com recolha de dados de todos os doentes a quem foram realizadas hemoculturas. Resultados: em 414 admissões, foram colhidas hemoculturas em 39.9%. Os doentes a quem foram colhidas hemoculturas tiveram maior tempo de internamento e mais exames laboratoriais e imagiológicos pedidos. 7,5% das hemoculturas foram positivas. Nos doentes com critérios de sepsis a taxa de positividade das hemoculturas foi 21,7% e não houve nenhuma hemocultura positiva em doente sem critérios de sépsis, nomeadamente em doentes com elevação isolada de proteína c-reactiva, leucocitose ou febre. O resultado da hemocultura não foi um determinante de de-escalação antibiótica. Conclusões: este estudo sugere que as hemoculturas devem ser colhidas essencialmente em doentes com sepsis, podendo esta prática diminuir o seu sobreuso.Downloads
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Publicado
2017-08-09
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Artigo Original
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Como Citar
1.
Jesus GN de, Nave JT, Pinheiro LS, Santos JM, Lucas M, Victorino RMM. Hemoculturas em medicina interna: perfil de utilização e implicações clínicas. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 9º de agosto de 2017 [citado 10º de outubro de 2024];50(4):255-60. Disponível em: https://revistas.usp.br/rmrp/article/view/140489