O ciclo da vesícula sináptica
panorama molecular
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v34i2p154-169Palavras-chave:
Vesículas Sinápticas. Proteínas Sinápticas. Sinapse. Neurotransmissores.Resumo
A presente revisão aborda um ponto específico dentro da sinapse, provavelmente o mais crucial: as interações moleculares entre proteínas da membrana das vesículas sinápticas e da membrana plasmática pré-sináptica. Uma linguagem molecular muito precisa permite a fusão entre as membranas da vesícula sináptica e a plasmática, fusão que libera o neurotransmissor contido na vesícula para a fenda sináptica. A vesícula sináptica foi alvo, nos últimos anos, de uma verdadeira dissecção molecular. É a organela celular com a mais completa descrição estrutural e cinética de seus componentes protéicos. A descoberta de famílias de proteínas homólogas, presentes em todos os tipos celulares eucariotos, como a Rab e a SNARE (SNAP receptors), demonstrou que o ciclo da vesícula sináptica é uma interação entre sistemas protéicos, universais e específicos, de regulação do tráfego vesicular e de fusão de membranas lipídicas. O endereçamento e o controle do fluxo das estruturas precursoras das vesículas sinápticas até o terminal sináptico são realizados pela família Rab de pequenas GTPases. As proteínas da superfamília das kinesinas são as responsáveis pela ação mecânica no transporte anterógrado das estruturas precursoras, ao longo dos microtúbulos do citoesqueleto axonal. As proteínas SNARE realizam a fusão das vesículas com a membrana do terminal pré-sináptico. A proteína sinaptotagmina controla a formação do complexo SNARE em um modo dependente de cálcio. Embora já se tenha conhecimento da maior parte das proteínas envolvidas no ciclo da vesícula sináptica, tem-se ainda que elucidar muitas das funções e interrelações entre elas.
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