Perfil clínico e terapêutico dos pacientes com hipertireoidismo do ambulatório de endocrinologia de um hospital universitário do sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2021.178114Palavras-chave:
hipertireoidimo, doença de graves, bócio nodular tóxicoResumo
Introdução: O hipertireoidismo decorre da elevação sérica dos hormônios tireoidianos, secundário a hiperfunção da glândula tireoide. As causas mais prevalentes são a Doença de Graves (DG) e os Bócios Nodulares Tóxicos (BNT). As principais formas de tratamento são as drogas anti-tireoideanas (DAT), ablação com iodo radioativo (DTI131) e a tireoidectomia. Métodos: Estudo transversal, descritivo, com inclusão de pacientes com diagnóstico de hipertireoidismo por DG e BNT; foram coletados dados epidemiológicos, clínicos, laboratoriais e de tratamento. Resultados: A maioria dos pacientes foi referenciada pela atenção primária e encontrava-se em uso prévio de DAT. A variável idade obteve diferença estatisticamente significativa entre as etiologias de DG e BNT, e em ambas, houve predomínio de incidência no sexo feminino. A DG apresentou maior frequência de sinais e sintomas de tireotoxicose, ao passo que o BNT mostrou mais sinais e sintomas de compressão. Houve remissão da doença em 23,2% dos pacientes com DG. Em 23,2% dos pacientes optou-se pela manutenção de metimazol em baixa dose por mais de 36 meses e em 16,1% foi realizado tratamento definitivo. No BNT foram preferidas terapias definitivas, principalmente a tireoidectomia em 27,5% dos pacientes. Doses baixas de metimazol por mais de 36 meses foram utilizados também no BNT, em 22,5% dos pacientes. Conclusão: O hipertireoidismo é uma doença heterogênea, desde a clínica inicial até a terapêutica, entre suas etiologias mais prevalentes. Observou-se uma tendência de priorizar as terapias medicamentosas em longo prazo com baixas doses tanto na DG, quanto no BNT.
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